Francisco recorda jovens que morrem na «loucura da guerra», evocando também o conflito na Ucrânia
Cidade do Vaticano, 03 abr 2024 (Ecclesia) – O Papa reforçou hoje o seu apelo a um cessar-fogo “imediato” na Faixa de Gaza, lembrando os voluntários que foram atingidos mortalmente pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).
“Infelizmente, continuam a chegar tristes notícias do Médio Oriente. Volto a renovar o meu firme pedido por um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza”, disse, no final da audiência pública semanal.
Perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, Francisco pediu que se evite “qualquer tentativa irresponsável de alargar o conflito na região” e todos trabalhem para “que possam cessar, o mais rapidamente possível, esta e outras guerras, que continuam a levar morte e sofrimento a tantas partes do mundo”.
“Renovo o apelo para que seja permitido à população civil, esgotado e em sofrimento, o acesso à ajuda humanitária e sejam, imediatamente, libertados os reféns”, acrescentou.
As IDF admitiram hoje que cometeram “um erro grave” que resultou na morte de sete colaboradores da organização não-governamental (ONG) norte-americana World Central Kitchen (WCK), na sequência de ataques na Faixa de Gaza.
“Exprimo a minha profunda amargura pela morte de voluntários que se encontravam empenhados na distribuição de ajuda humanitária em Gaza. Rezo por eles e pelas suas famílias”, disse o Papa, a respeito deste episódio.
“Rezemos e trabalhemos sem cessar para que as armas se calem e volte a reinar a paz”, prosseguiu.
Francisco evocou ainda a guerra na “martirizada Ucrânia”, com “tantas mortes”.
O Papa falava com um terço e um exemplar do Novo Testamento e dos Salmos, que pertenciam ao soldado Alexandre, de 23 anos, que morreu na guerra, em território ucraniano.
Deixou uma vida diante de si e este é o seu terço, o seu Novo Testamento, que ele lia e rezava. Neste momento, gostaria de fazer um pouco de silêncio, todos, pensando neste jovem e em tantos outros, como ele, mortos nesta loucura da guerra. A guerra destrói sempre, pensemos neles e rezemos”
Na saudação aos peregrinos polacos, Francisco recordou a celebração do Domingo da Divina Misericórdia, a 7 de abril, e a mensagem transmitida por Santa Faustina Kowalska.
“Nunca duvidemos do amor de Deus, mas confiemos com firmeza e confiança a nossa vida e o mundo ao Senhor, pedindo-lhe em particular uma paz justa para as nações martirizadas pela guerra”, declarou.
OC