Francisco fala das «lágrimas» e «despedidas» na vida de cada pessoa
Cidade do Vaticano, 19 mai 2015 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje no Vaticano a situação dos milhares de imigrantes da minoria rohingya, perseguidos em Mianmar e impedidos de chegar a terra firme por vários países, nomeadamente Indonésia, Malásia e Tailândia.
“Pensemos hoje nos pobres rohingya de Mianmar: no momento de deixar terra para fugir das perseguições não sabiam o que lhes ia acontecer e estão há meses em barcos, ali. Chegam a uma cidade, onde lhes dão água, comida, e dizem: vão-se embora”, assinalou, durante a homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
Francisco falou de uma “despedida existencial grande”, evocando ainda as perseguições contra cristãos e yazidis no Médio Oriente, pessoas que “já não pensam voltar à terra, porque foram expulsos das suas casas”.
A homilia abordou as “muitas despedidas”, grandes e pequenas, bem como “muito sofrimento, tantas lágrimas” na vida diária.
Nesse sentido, assinalou “a despedida da mãe” que vê o seu filho partir para a guerra sem saber se o volta a ver.
O Papa falou também da “última despedida”, na hora da morte, convidando os crentes a colocar a sua vida nas mãos de Deus.
“Esta é a origem da palavra ‘adeus’. Dizemos adeus apenas nas grandes despedidas, tanto nas da vida como na última”, precisou.
RV/OC