Pais e seis filhos foram mortos por ajudar e esconder judeus que estavam destinados aos campos de concentração
Cidade do Vaticano, 28 nov 2018 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje, durante a audiência pública com os peregrinos no Vaticano, a memória da família polaca Ulma, fuzilada pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial por ter ajudado judeus.
“Esta numerosa família de servos de Deus, que aguarda a beatificação, é para nós um exemplo de fidelidade a Deus e aos seus mandamentos, no amor ao próximo e no respeito pela dignidade humana”, referiu Francisco, na Sala Paulo VI.
O Papa argentino mencionou este episódio trágico da História durante a saudação que dirigiu aos peregrinos polacos presentes na audiência desta quarta-feira, em Roma.
Francisco destacou uma exposição que decorre desde terça-feira na Pontifícia Universidade Urbaniana, na capital italiana, e que é precisamente dedicada à família Ulma.
Pai (Józef), mãe (Wiktoria) e seis filhos, um dos quais ainda no ventre materno, foram mortos pelos nazis a 24 de março de 1944, na localidade de Markowa, durante a ocupação alemã àquele país.
Um veredicto traçado depois do regime nazi ter descoberto que a família Ulma estava a ajudar e a esconder judeus polacos para evitar que estes fossem atirados para os campos de concentração.
A exposição sobre a família Ulm, na Pontifícia Universidade Urbaniana, está a decorrer com o apoio da arquidiocese polaca de Przemysl e da Fundação Família Ulma.
JCP