Francisco evoca «grande testemunha de Cristo sofredor»
Cidade do Vaticano, 01 abr 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco recordou hoje no Vaticano o décimo aniversário de morte de São João Paulo II (1920-2005), que apresentou aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro como “grande testemunha de Cristo sofredor”.
“Amanhã [2 de abril] ocorre o décimo aniversário da morte de São João Paulo II. Recordamo-lo como grande testemunha de Cristo sofredor, morto e ressuscitado, e pedimos-lhe que interceda por nós, pelas famílias, pela Igreja, para que a luz da ressurreição resplandeça sobre todas as sombras da nossa vida e nos encha de alegria e de paz”, declarou, durante a audiência pública semanal desta semana, que reuniu milhares de pessoas.
Na tradicional saudação final aos jovens, doentes e recém-casados presentes no Vaticano, Francisco afirmou que o “exemplo e o testemunho” do Papa João Paulo II estão “sempre vivos”, lembrando o seu “ardor e entusiasmo”.
Karol Jozef Wojtyla, eleito Papa a 16 de outubro de 1978, assumindo o nome de João Paulo II, nasceu em Wadowice (Polónia), a 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, a 2 de abril de 2005.
Entre os seus principais documentos, contam-se 14 encíclicas, 15 exortações apostólicas, 11 constituições apostólicas e 45 cartas apostólicas; realizou 104 viagens internacionais, incluindo três visitas a Portugal, em 1982, 1991 e 2000.
O Papa polaco foi beatificado por Bento XVI, seu sucessor, a 1 de maio de 2011 e foi canonizado a 27 de abril de 2014, por Francisco.
A Igreja Católica celebra a memória litúrgica de João Paulo II a 22 de outubro, data que assinala o dia de início de pontificado de Karol Wojtyla, em 1978, pouco depois de ter sido eleito Papa.
Na habitual resenha biográfica que é apresentada no calendário dos santos e beatos, João Paulo II é lembrado pela “extraordinária solicitude apostólica, em particular para com as famílias, os jovens e os doentes, o que o levou a realizar numerosas visitas pastorais a todo o mundo”.
João Paulo II esteve no Santuário de Fátima em 1982, 1991 e, pela última vez, em 2000, altura em que beatificou os videntes Francisco e Jacinta Marto.
Nessas três visitas, sempre no mês de maio, passou ainda por Braga, Coimbra, Lisboa, Porto, Vila Viçosa, Açores e Madeira, somando-se uma escala técnica no aeroporto de Lisboa (2 de março de 1983), a caminho da América Central
A ida a Roma, em outubro 2000, da imagem original de Nossa Senhora de Fátima da Capelinha das Aparições, no Jubileu dos Bispos, consagrando-lhe o terceiro milénio, confirmou a particular ligação do Papa polaco com o santuário da Cova da Iria.
Simbolicamente, a bala que lhe atravessou o abdómen no atentado de 13 de maio de 1981 repousa hoje na mesma imagem da Virgem.
OC