
Cidade do Vaticano, 24 out 2025 (Ecclesia) – O Papa aprovou hoje o decreto que reconhece o martírio de nove religiosos mortos por “ódio à fé” pelo regime nazi, na II Guerra Mundial, abrindo caminho à sua beatificação.
Os salesianos Jan Swierc, Ignacy Antonowicz, Ignacy Dobiasz, Karol Golda, Franciszek Harazim, Ludwik Mroczek, Wlodzimierz Szembek, Kazimierz Wojciechowski e Franciszek Miska foram mortos entre 1941 e 1942, nos campos de concentração de Auschwitz e Dachau, informa o Vaticano.
O decreto foi tornado público após uma audiência concedida por Leão XIV ao cardeal Marcello Semeraro, prefeito do Dicastério para as Causas dos Santos.
O Papa autorizou ainda a promulgação do decreto sobre o martírio dos padres Jan Bula e Václav Drbola, sacerdotes da Diocese de Brno, que foram executados em 1951 e 1952, na prisão de Jihlava, vítimas da repressão comunista na então Checoslováquia.
O Vaticano anunciou na mesma ocasião a aprovação de outros quatro decretos, sobre as virtudes heroicas de quatro religiosos: a monja espanhola Maria Evangelista Quintero Malfaz (1591-1648); o sacerdote italiano Ângelo Angioni (1915-2008), fundador do Instituto Missionário do Coração Imaculado de Maria, que morreu no Brasil; o dominicano espanhol José Merino Andrés (1905-1968); e o carmelita italiano Joaquim da Rainha da Paz (1890-1985).
Esta é uma fase do processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade; para a beatificação, é agora necessária a aprovação de um milagre atribuído à intercessão dos quatro veneráveis.
OC
