«Existem muitas pessoas que têm o coração aberto para vocês», disse Francisco aos emigrantes
Cidade do Vaticano, 02 out 2014 (Ecclesia) – O Papa encontrou-se esta quarta-feira no Vaticano com um grupo de sobreviventes do naufrágio ocorrido em outubro de 2013 na costa da Ilha de Lampedusa, no sul da Itália, que custou a vida a 368 emigrantes.
“Às vezes quando parece que se chegou ao porto, acontecem coisas muito duras. Encontramos portas fechadas e ficamos sem saber para onde ir. Mas existem muitas pessoas que têm o coração aberto para vocês”, sublinhou Francisco àquela delegação, que se deslocou a Roma juntamente com alguns familiares.
De acordo com o serviço informativo da Santa Sé, o Papa argentino disse estar a rezar por todas as vítimas daquela tragédia e por todos quantos são obrigados a arriscar a sua vida no mar em busca de uma vida melhor.
“Peço a todos os homens e mulheres da Europa para abrirem as portas do coração!… Quero dizer que estou próximo de vocês, rezo por vocês, rezo para que as portas fechadas se abram!”, frisou Francisco.
Nesta sexta-feira fará precisamente um ano que ocorreu aquele naufrágio, um dos mais graves de sempre ao largo de Lampedusa, onde todos os anos milhares de emigrantes africanos buscam uma porta de entrada na Europa, para escaparem à guerra ou à pobreza.
Para assinalar a data de 3 de outubro, a Santa Sé adianta que está em marcha um projeto-lei para que aquele dia seja dedicado à “memória das vítimas do mar”.
A maior parte dos emigrantes que estiveram com o Papa estão atualmente radicados em países como a Alemanha, Suécia, Noruega, Holanda e Dinamarca, junto de familiares já residentes.
O grupo ofereceu a Francisco “uma escultura de ferro, representando uma garrafa no mar com uma família dentro”.
RV/JCP
