Cidade do Vaticano, 18 out 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu hoje o primeiro-ministro do Vietname, Nguyên Tân Dung, na primeira visita deste responsável ao Vaticano desde 2007.
Segundo a Santa Sé, este encontro “marca uma etapa importante no processo de fortalecimento das relações” com o Vietname.
Nguyên Tân Dung encontrou-se ainda com o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, acompanhado pelo secretário do Vaticano para as relações com os Estados, D. Dominique Mamberti.
Os responsáveis sublinharam “o compromisso da Igreja na hora de contribuir para o desenvolvimento” do Vietname, graças à sua presença em vários setores.
A Santa Sé agradeceu o apoio das autoridades vietnamitas à comunidade católica, no quadro da Constituição de 2013, em matéria de “política religiosa”, bem como a ajuda ao representante não-residente do Vaticano no desempenho da sua missão “com o objetivo comum das relações diplomáticas”.
Em cima da mesa estiveram “várias questões” que as duas partes esperam resolver “através dos canais de diálogo existente”, e um olhar sobre as “iniciativas destinadas a promover a paz e a estabilidade no continente asiático”.
Bento XVI, Papa emérito, recebeu em janeiro de 2013 o secretário-geral do Partido Comunista Vietnamita (PCV), Nguyên Phu Trong.
A Santa Sé e o Vietname não têm relações diplomáticas plenas e têm mantido negociações para o seu estabelecimento, através do grupo de trabalho bilateral.
Desde 2007, ano em que o Estado asiático e a Santa Sé retomaram os contactos bilaterais, mais de 20 prelados da Cúria Romana ou delegações do Vaticano estiveram em território vietnamita, para se encontrarem com a comunidade católica e autoridades governamentais.
O Vietname, com cerca de 86 milhões de habitantes, tem seis milhões de católicos, o segundo maior número de fiéis do sudeste da Ásia, depois das Filipinas, mas historicamente as relações entre católicos e o PCV têm sido marcadas por fortes tensões, nomeadamente no que diz respeito às exigências de liberdade religiosa e de restituição das propriedades confiscadas pelo regime comunista.
OC
