Vaticano: Papa recebeu católicos do Sri Lanka, evocando atentados da Páscoa de 2019

Ataques provocaram mais de 250 mortes, em várias cidades

Cidade do Vaticano, 25 abr 2022 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje no Vaticano um grupo de peregrinos naturais do Sri Lanka e residentes na Itália, para recordar os atentados da Páscoa de 2019 no país asiático, que provocaram mais de 250 mortes.

“Diante do horror e do absurdo de certos atos, que parecem impossíveis de serem cometidos pelos homens, o trabalho do Maligno torna-se evidente”, disse Francisco, numa intervenção divulgada pela Santa Sé.

A 21 de abril de 2019, uma série de ataques à bomba contra três igrejas e vários hotéis, no Sri Lanka, provocou mais de 250 mortos e 400 feridos, incluindo uma vítima mortal de nacionalidade portuguesa.

O Papa destacou o aniversário dos “trágicos eventos que no dia da Páscoa de 2019, semearam morte e terror no Sri Lanka”.

“Hoje, vocês ofereceram o Sacrifício Eucarístico em sufrágio pelas vítimas daqueles terríveis ataques, e rezaram pelos feridos – alguns dos quais estão aqui presentes – e pelas suas famílias, assim como por todo o povo do Sri Lanka. Com todo o meu coração, uno-me a vocês em oração”, declarou.

A reflexão de Francisco indicou que, na Páscoa, com a sua morte e ressurreição, Jesus Cristo “assumiu não apenas a morte, mas a crueldade do mal, do ódio, da violência fratricida”.

O Papa recordou a sua visita ao país em 2015, pedindo orações pela Igreja no Sri Lanka.

Não gostaria de terminar sem fazer um apelo às autoridades do vosso país. Por favor, em nome da justiça, em nome do vosso povo, que fique claro de uma vez por todas quem foi responsável por estes eventos: isto trará paz à vossa consciência e ao vosso país”

Foto: Vatican Media

Ainda esta manhã, o Papa recebeu os participantes da Conferência de “Solidariedade Trinitária Internacional”, expressão da Ordem da Santíssima Trindade, organização que defende a liberdade religiosa e as pessoas perseguidas.

“Mesmo no nosso tempo, que se vangloria de ter abolido a escravidão, na realidade há muitos, demasiados homens e mulheres, até mesmo crianças, reduzidas a viver em condições desumanas, escravizadas”, advertiu.

Francisco denunciou que a liberdade religiosa é “violada, às vezes espezinhada, em muitos lugares e de várias maneiras, algumas rudes e óbvias, outras subtis e escondidas”.

OC

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Agência ECCLESIA

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