Vaticano: Papa recebe sudanesa que foi condenada à morte por ser cristã

Pressão da comunidade internacional motivou libertação de Meriam Ishag

Cidade do Vaticano, 24 jul 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu hoje a sudanesa Meriam Ishag, com a sua família, no Vaticano e agradeceu o “corajoso testemunho de perseverança na fé”, durante o período em que esteve presa com os filhos.

O encontro entre o Papa Francisco e a sudanesa cristã que esteve presa nos últimos meses, aconteceu na Casa de Santa Marta, informa a Sala de Imprensa da Santa Sé.

A reunião, que durou menos de meia hora, decorreu “num ambiente calmo e carinhoso” e o Papa agradeceu a Meriam Ishag e à sua família o “corajoso testemunho de perseverança na fé”.

Por sua vez, a sudanesa retribuiu e “agradeceu o grande apoio e incentivo” recebido pela oração do Papa e de muitos outros crentes e pessoas de boa vontade.

Meriam Ishag, nascida no Sudão, um país de população maioritariamente muçulmano, foi presa e condenada à morte no mês de maio por se ter casado com um homem cristão.

Durante este processo, a acusada nunca deixou de proclamar que era cristã e afirmou sempre a sua inocência uma vez que a mãe, cristã ortodoxa, ensinou-a nos valores do cristianismo.

Meriam Ishag fez-se acompanhar pelo marido Daniel Wani, cidadão do Sudão do Sul e norte-americano, e pelos dois filhos, o Martin com um ano e meio, que também esteve preso com a mãe, e a Maya, de apenas dois meses, que nasceu na prisão.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Lapo Pistelli, também esteve presente nesta reunião, revelou o padre Federico Lombard.

Lapo Pistelli esteve no Sudão (África), esta quarta-feira, a concluir o processo de libertação de Meriam Ishag, após recurso da sentença e pressão da comunidade internacional, e a planear a sua viagem para os Estados Unidos da América.

Ao receber a jovem sudanesa, o Papa quis também mostrar proximidade, preocupação e oração por todos que sofrem por causa da sua fé e, especialmente, pelos “cristãos que sofrem perseguições ou restrições à liberdade religiosa”, acrescentou o sacerdote no comunicado.

CB/PR

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Agência ECCLESIA

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