Vaticano: Papa prossegue debates sobre reforma da Cúria Romana

Reunião com o «C9» antecede dois dias de discussão com todos os cardeais

Cidade do Vaticano, 09 fev 2015 (Ecclesia) – O Papa preside entre hoje e quarta-feira à oitava Reunião do Conselho dos Cardeais – conhecido como ‘C-9’ – que criou para o auxiliarem na reforma da Cúria Romana, o chamado ‘C9’.

Os trabalhos antecedem o consistório (reunião de cardeais) de quinta e sexta-feira para “para ponderar sobre as orientações e as propostas para a reforma da Cúria Romana”, convocado por Francisco, e o consistório público para a criação de novos cardeais, incluindo D. Manuel Clemente, patriarca de Lisboa, no sábado.

O C9, organismo consultivo com representantes de várias dioceses, apresentou em setembro de 2013 um esboço de nova Constituição para a Cúria Romana, que foi discutido com os responsáveis dos organismos centrais do governo da Igreja, dois meses depois.

O trabalho está mais avançado no que diz respeito às questões económicas e administrativas e às questões relacionadas com os departamentos de economia, após a instituição do Conselho e da Secretaria para a Economia, liderada pelo cardeal australiano D. George Pell.

Nomeado pelo Papa em abril de 2013, o Conselho de Cardeais é composto pelo secretário de Estado do Vaticano, D. Pietro Parolin, e por D. Oscar Rodríguez Maradiaga, arcebispo de Tegucigalpa, Honduras, presidente da Cáritas Internacional; D. Giuseppe Bertello, presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano; D. Francisco Errázuriz Ossa, arcebispo emérito de Santiago do Chile; D. Oswald Gracias, arcebispo de Bombaím, na Índia; D. Reinhard Marx, arcebispo de Munique (Alemanha); D. Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo; D. Sean Patrick O’Malley, arcebispo de Boston, nos EUA, e D. George Pell; o secretário do C9 é o bispo italiano D. Marcello Semeraro.

O documento que regulamenta atualmente a Cúria Romana é a constituição 'Pastor Bonus', assinada por São João Paulo II a 28 de junho de 1988.

O cardeal Oscar Maradiaga, que coordena o ‘C9’, considera que Francisco criou uma “nova maneira de governar a Igreja” e admitiu, na sua recente passagem por Portugal, que é necessário “reduzir” o número  Conselhos Pontifícios.

Em cima da mesa estão propostas para criar "duas novas grandes congregações", uma para "Leigos, Família e Vida" e outra para os setores da "Caridade, Justiça e Paz".

OC

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