Francisco renova apelos à libertação de reféns israelitas e à ajuda humanitária para Gaza
Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA
Cidade do Vaticano, 25 out 2023 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje à busca de soluções de paz para a “grave situação” no Médio Oriente, com a libertação de reféns e envio de ajuda humanitária.
“Penso sempre na grave situação na Palestina e Israel. Encorajo a libertação dos reféns e a entrada de ajuda humanitária em Gaza”, declarou, no final da audiência pública semanal, que decorreu na praça de São Pedro, perante milhares de peregrinos que enfrentaram a chuva, ao início da manhã.
Francisco referiu que continua a “rezar por quem sofre e a esperar caminhos de paz para o Médio Oriente, a martirizada Ucrânia e outras regiões feridas pela guerra”.
Um ataque do movimento islamita Hamas, contra populações israelitas, fez mais de 1400 mortes no território de Israel, 222 sequestrados em Gaza e cerca de 100 desaparecidos.
Os bombardeamentos retaliatórios de Israel na Faixa de Gaza causaram cerca de 5800 mortes e mais de 16 mil feridos.
Francisco recordou a convocação, para a próxima sexta-feira, de uma “jornada de jejum, de oração e de penitência”.
“Às 18hh00 [menos uma em Lisboa], em São Pedro, vamos reunir-nos para rezar e implorar pela paz no mundo
A Conferência Episcopal Portuguesa anunciou que se vai associar a esta jornada, “face às situações de guerra que se vivem em Israel e na Palestina e de catástrofe humanitária na Faixa de Gaza”.
O cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, manifestou aos media do Vaticano a sua crescente preocupaçã, perante o agravemento do conflito e da situação das populações, particularmente na Faixa de Gaza.
“Condenamos o que o Hamas fez no sul de Israel, são atrocidades que não têm justificação, mas a resposta para isso não pode ser deixar com fome dois milhões de pessoas”, reitera.
Para o responsável católico, é urgente a abertura de corredores humanitários que permitam o tratamento de pessoas feridas e o acesso a camiões de ajuda humanitária.
“Afinal de contas, esses dois milhões de pessoas não são todos seguidores do Hamas”, aponta o cardeal.
OC