Vaticano: Papa pede sociedade atenta a pessoas «marginalizadas pela deficiência ou pela fragilidade»

Francisco recebeu projeto educativo francês e grupo de crianças com doenças graves, da Polónia

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 10 jan 2025 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje à valorização das pessoas com deficiência ou marcadas pela “fragilidade”, lamentando que sejam “marginalizadas” pela sociedade.

“Só restituindo a centralidade à pessoa humana, integrando as suas dimensões espirituais, poderemos construir uma sociedade verdadeiramente justa e solidária”, declarou, num encontro com os promotores do projeto ‘Écoles de Vie(s)’ (Escolas de Vida), na França, inspirado no Pacto Educativo Global.

“A vossa iniciativa é uma resposta concreta a esta aspiração: dá às pessoas, a todas as pessoas, marginalizadas pela deficiência ou pela fragilidade, o seu lugar no seio de uma comunidade fraterna e alegre”, acrescentou, num discurso divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.

O Papa apelou a uma educação que não se limite à transmissão de conhecimentos, mas que procure “formar homens e mulheres capazes de compaixão e de amor fraterno”.

“Vós encarnais a Igreja em saída que muitas vezes desejei, uma Igreja aberta e acolhedora, capaz de estar próxima de cada um, de curar as feridas de quem sofre, de acariciar com ternura quem está privado de afeto e de levantar quem caiu”, declarou.

O estilo das ‘Écoles de Vie(s)’, reconheceu o Papa, é o mesmo do Evangelho, a doutrina social da Igreja, segundo a qual “cada pessoa, por mais frágil que seja, é portadora de um valor intrínseco” e “cada vida humana tem uma dignidade inalienável”.

Ainda esta manhã, Francisco recebeu crianças acompanhadas na Clínica de Oncologia e Hematologia Pediátrica de Wroclaw, na Polónia.

O Papa convidou a rezar pelos menores doentes e feridos nos lugares onde não há medicamentos nem hospitais: “Lembremo-nos deles, estejamos perto deles”.

As crianças polacas deslocaram-se em peregrinação a Roma para o Jubileu 2025, acompanhadas por médicos, enfermeiros, um sacerdote e todos os pais.

“Quando vim ao vosso encontro, senti uma alegria no meu coração, porque temos a oportunidade de dar esperança e amor uns aos outros, uns aos outros”, referiu Francisco.

OC

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