Francisco encerrou encontro de três dias que reuniu médicos, cientistas, líderes religiosos e responsáveis de farmacêuticas
Cidade do Vaticano, 09 mai 2021 (Ecclesia) – O Papa apelou este sábado ao desenvolvimento de sistemas de saúde abertos a todos os doentes, falando no final de encontro de três dias que reuniu médicos, cientistas, líderes religiosos e responsáveis de farmacêuticas, por iniciativa do Vaticano.
“Pensar e manter a pessoa humana no centro também requer uma reflexão sobre modelos de sistemas de saúde abertos a todos os doentes, sem nenhuma desigualdade”, referiu, na videomensagem aos participantes da conferência online ‘Explorando a Mente, Corpo e Alma’, organizada pelo Conselho Pontifício da Cultura, a ‘Cura Foundation’ e a ‘Science and Faith Foundation and Stem For Life’.
A mensagem deixou uma saudação a quem dedica a sua vida ao “cuidado dos doentes e o apoio aos mais necessitados”, em particular no combate à pandemia, “que não cessa de causar vítimas e que, ao mesmo tempo, põe à prova o sentido de solidariedade e fraternidade”.
Francisco elogiou os avanços da medicina, mas convidou a olhar com atenção para as questões éticas, como a “manipulação do genoma humano”.
O Papa refletiu ainda sobre a “autocompreensão” do ser humano e a sua ligação ao cérebro e aos processos neurológicos”.
“Embora sublinhando a importância vital da componente biológica e funcional do cérebro, ela não é o elemento capaz de explicar todos os fenómenos que nos definem como humanos, muitos dos quais não são mensuráveis e, portanto, vão além da materialidade corpórea”, sustentou.
A conferência de três dias abordou temas ligados à ecologia, economia, tecnologias utilizadas no cuidado da saúde, filantropia e combate à pandemia.
OC