Francisco fala em «momento delicado» para país atingido por anos de guerra
Cidade do Vaticano, 11 dez 2024 (Ecclesia) – O Papa disse hoje que está a acompanhar a situação na Síria, “neste momento delicado da sua história”, pedindo que o novo regime respeite a “unidade” do país, com as suas várias religiões.
“Espero que se encontrem soluções políticas que, sem outros conflitos e divisões, promovam responsavelmente a estabilidade e a unidade do país”, referiu, num apelo proferido no final da audiência pública semanal.
Perante milhares de peregrinos, vindos de vários países, Francisco convidou a rezar, “por intercessão da Virgem Maria, para que o povo sírio experimente a paz e a segurança na sua amada terra”.
O Papa deixou ainda votos de que “as diferentes religiões caminhem juntas na amizade e no respeito mútuo, contribuindo assim para o bem daquela nação atingida por tantos anos de guerra”.
Após 12 dias de uma ofensiva de uma coligação liderada pelo grupo islamita Organização de Libertação do Levante, os grupos rebeldes ocuparam este domingo a capital Damasco, levando à fuga do presidente Bashar al-Assad, que encontrou asilo na Rússia.
A guerra civil na Síria tinha começado em 2011, provocando centenas de milhares de mortos e milhões de deslocados e refugiados.
Francisco falou ainda da “martirizada Ucrânia, que tanto sofre com a guerra”.
“Rezemos para que se encontre uma solução”, declarou.
A audiência geral regressou ao Auditório Paulo VI, decorado com um presépio vindo da Palestina.
“Penso na Palestina, em Israel, em Myanmar. Que a paz regresse e que haja paz”, pediu o Papa.
“A guerra é sempre uma derrota. Rezemos pela paz”, concluiu, numa intervenção saudada com uma salva de palmas pelos presentes.
OC
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