Vaticano: Papa pede que humanidade aprenda lição, 70 anos depois da II Guerra Mundial

Audiência semanal reuniu milhares de pessoas no Vaticano em dia dedicado à «coragem» de viver o matrimónio cristão

Cidade do Vaticano, 06 mai 2015 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que a humanidade tem de aprender as lições da II Guerra Mundial (1939-1945), que se concluiu há 70 anos.

“Confio, por intercessão de Maria Rainha da Paz, os votos de que a sociedade aprenda com os erros do passado e que diante dos conflitos atuais que estão a dilacerar algumas regiões do mundo, todos os responsáveis civis se empenhem na busca do bem comum e na promoção da cultura da paz”, declarou, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.

Francisco associou-se às celebrações do 70.º aniversário do fim do conflito, em território europeu, que se vai assinalar em várias capitais, ao longo dos próximos dias.

A tradicional catequese das quartas-feiras foi dedicada à beleza do matrimónio cristão, que segundo o Papa não é simplesmente uma cerimónia com mais ou menos “fotos” ou “flores”, mas um sacramento que gera uma nova comunidade familiar.

“O sacramento do Matrimónio é um grande ato de fé e de amor: testemunha a coragem de acreditar na beleza do ato criador de Deus e de viver o amor que leva a ir cada vez mais longe, para além de si próprio e também para além da própria família”, explicou.

“A vocação cristã para amar sem reservas e sem medida é aquilo que, com a graça de Cristo, está na base também do livre consentimento que constitui o matrimónio”, acrescentou Francisco.

O Papa citou o Apóstolo Paulo, que falava do sacramento do Matrimónio como um “grande mistério”, com um sentido espiritual “altíssimo e revolucionário”.

“Aceitamos profundamente este elo indissolúvel da história de Cristo e da Igreja com a história do matrimónio e da família humana? Estamos dispostos a assumir seriamente esta responsabilidade?”, questionou.

Francisco agradeceu a coragem dos homens e mulheres que aceitam o desafio do casamento e apresentou-os como “um recurso essencial para a Igreja e para o mundo”.

O encontro concluiu-se com os cumprimentos aos vários grupos de peregrinos presentes, incluindo os de língua portuguesa, entre os quais estava o bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes.

“Lembrai-vos de que nunca estais sós: o Senhor crucificado e ressuscitado vos guia, nas vossas famílias e no trabalho, nas dificuldades e nas alegrias, para que leveis ao mundo o primado do amor de Deus”, disse o Papa.

Antes da audiência, Francisco encontrou-se com um grupo de crianças doentes, na Casa de Santa Marta.

OC

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