Mensagem no final da audiência geral uniu-se a intervenção no Festival de Sanremo
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Cidade do Vaticano, 11 fev 2025 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje, no Vaticano, à oração e penitência pela paz, falando no final da audiência pública semanal.
“Não se esqueçam que a guerra é sempre uma derrota. Não nascemos para matar, mas para fazer crescer os povos, para estarmos num caminho de paz. Por favor, nas suas orações diárias, peça a paz”, disse Francisco, que tinha confiado a leitura da sua tradicional reflexão a um colaborador da Cúria Romana, devido à bronquite que o afeta.
O Papa evocou os “tantos países que estão em guerra”, como a Ucrânia, Palestina, Israel, Myanmar, República Democrática do Congo ou Sudão do Sul.
“Irmãs e irmãos, rezemos pela paz. Façamos o nosso melhor pela paz”, pediu.
“Por favor, rezemos pela paz, façamos penitência pela paz”, insistiu.
Na audiência, Francisco deixou uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa.
“Como os pastores em Belém, aproximemo-nos de Jesus, o salvador do mundo, que se faz nosso companheiro de viagem. Deixemo-nos guiar por Ele, percorrendo sempre caminhos de esperança e, onde quer que nos encontremos, renovemos tudo com a luz do Evangelho. Que o Senhor vos abençoe”, refere o texto.
Tal como na passada quarta-feira, o Papa deixou a leitura da intervenção preparada aos cuidados do padre Pierluigi Giroli, funcionário da Secretaria de Estado.
“Com a minha bronquite, ainda não posso. Espero que, da próxima vez, possa”, justificou.
Já na noite de terça-feira, Francisco surgiu com uma mensagem, em vídeo, no Teatro Ariston, que acolhe a 75ª edição do Festival de Sanremo, sublinhando que “a música pode ajudar à convivência dos povos”.
A intervenção, uma surpresa para os presentes, deixou um pensamento para as crianças “choram e sofrem com as muitas injustiças do mundo”.
O Papa assumiu o desejo de “ver aqueles que se odiaram apertarem as mãos, abraçarem-se e dizerem com a vida, a música e o canto: a paz é possível”.
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A primeira noite da 75ª edição do festival de música italiana contou com uma atuação da cantora israelita Noa e da cantora palestina Mira Awad, convidadas a fazer um dueto em hebraico, árabe e inglês da música ‘Imagine’, de John Lennon.
O primeiro pontífice a discursar em Sanremo recordou que a sua mãe, na Argentina, costumava explicar-lhe algumas peças de ópera, dando a conhecer “o sentido da harmonia e as mensagens que a música pode transmitir”.
A mensagem recordou as muitas crianças que “não sabem cantar a vida”, devido à violência.
“As guerras destroem as crianças. Nunca esqueçamos que a guerra é sempre uma derrota”, insistiu.
OC