«O nosso trabalho como cristãos não se limita às paredes das nossas igrejas», refere Francisco, em mensagem a encontro de Trabalhadores Cristãos na Espanha
Cidade do Vaticano, 14 ago 2023 (Ecclesia) – O Papa enviou uma mensagem à XIV Assembleia Geral da Irmandade Operária da Ação Católica de Espanha (HOAC, sigla em espanhol), pedindo a atenção da Igreja para quem sofre com a precariedade laboral e o desemprego.
“Ser uma Igreja que acompanha desde as periferias significa estar perto daqueles que sofrem com a precariedade do trabalho e a falta de oportunidades”, escreve Francisco, num texto divulgado pelo portal de notícias do Vaticano.
O encontro da HOAC decorre até esta terça-feira, em Segóvia, reunindo 700 pessoas em volta do tema ‘Construindo pontes, derrubando muros. A Igreja no mundo do trabalho, tecendo laços de fraternidade’.
O Papa propõe aos participantes que sejam protagonistas de uma Igreja que acompanha todos, “desde as periferias do mundo do trabalho”.
Este compromisso, precisa, “não se pode limitar a discursos ou ações isoladas, mas deve ser um testemunho constante de solidariedade e apoio a quem se encontra em situação de vulnerabilidade laboral e social”.
A mensagem começa por manifestar “profundo apreço” pela “valiosa dedicação e compromisso” da HOAC (que em Portugal corresponde à Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos), que representa “uma Igreja que caminha no mundo do trabalho”.
Devemos ser uma presença ativa, caminhando com eles, ouvindo-os e colaborando na busca de soluções justas e duradouras. O nosso trabalho como cristãos não se limita às paredes das nossas igrejas, mas encoraja-nos a ir ao encontro daqueles que mais precisam do nosso amor e fraternidade”.
Francisco mostra-se particularmente preocupado com as situações de exclusão, provocadas pela falta de trabalho, sublinhando a importância de ir ao encontro das pessoas desempregadas para as encorajar a “não perder a confiança e a procurar oportunidades de reinserção no mundo laboral”.
A assembleia da HOAC, que se iniciou no sábado, debate prioridades e propostas do movimento para os próximos seis anos, perante os desafios provocados por “enormes fraturas sociais, desigualdades e injustiças”.
OC