Francisco renova críticas a «arrivistas»
Cidade do Vaticano, 05 mai 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje no Vaticano que quem assume responsabilidades na Igreja Católica o deve fazer livre de “vaidade” ou sede de poder e dinheiro.
“Algumas vezes fazemos coisas procurando fazer-nos ver um pouco, procurando a vaidade. É perigosa, a vaidade, porque nos faz derrapar para o orgulho, a soberba, e depois tudo acaba aí”, disse, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
Francisco evocou as críticas de Jesus aos líderes religiosos do seu tempo que se “comportavam como verdadeiros pavões”.
“Deixo a pergunta: Eu, como sigo Jesus? As coisas boas que faço, faço-as às escondidas ou gosto de me fazer ver”, questionou.
O Papa dirigiu-se diretamente aos “pastores” da Igreja Católica, sublinhando que quem é “vaidoso” num ministério de autoridade “não faz bem ao povo de Deus”.
A intervenção aludiu também aos que procuram o poder, mesmo “inconscientemente”, com críticas aos “arrivistas”, que já tinham sido feitas há cerca de um ano.
“Na Igreja há arrivistas, há muitos que usam a Igreja… Se gostas disso, vai para o Norte e faz alpinismo, é mais saudável! Não venham para a Igreja para ser alpinistas: Jesus vai reprovar estes arrivistas que procuram o poder”, precisou o Papa.
Francisco acrescentou uma observação sobre os que procuram “lucrar economicamente” com a sua ação nas paróquias ou instituições católicas, uma “tentação” que existe desde “o começo” da Igreja.
“Peçamos ao Senhor a graça de nos dar o Espírito Santo para o seguirmos com retidão de intenções: apenas a Ele. Sem vaidade, sem vontade de poder e sem desejo de dinheiro”, concluiu.
OC
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