Vaticano: Papa pede aos líderes mundiais «coragem e firmeza» na busca da paz

Francisco recebeu hoje seis novos embaixadores junto da Santa Sé

Cidade do Vaticano, 15 dez 2016 (Ecclesia) – O Papa salientou hoje no Vaticano a importância de todas as nações trabalharem em conjunto pela paz, na receção aos novos embaixadores do Burundi, das Ilhas Fiji, das Maurícias, da Tunísia, Moldávia e Suécia junto da Santa Sé.

De acordo com a sala de imprensa do Vaticano, Francisco retomou os apelos deixados na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, apresentada há dias em Roma.

O Papa argentino recordou aos novos responsáveis diplomáticos o seu dever em zelarem pela “não violência” que é uma das pedras basilares do “Evangelho de Cristo” e do esforço da Igreja Católica.

“Neste mundo tristemente marcado por guerras e numerosos conflitos, já para não falar no clima de violência que abrange hoje, de várias formas, o nosso quotidiano, a via da não violência é uma escolha cada vez mais dificil para quem exerce responsabilidades”, apontou o Papa argentino.

Não só a nível político e diplomático mas a “todos os níveis”, desde a “familia” ao plano “social e civil”.

“Em cada momento”, dizer não à violência, escolher a paz, implica “resolver conflitos e lidar com eles através do diálogo e da negociação”, frisou Francisco.

De acordo com o Papa, “aqueles que hoje hoje têm a cargo a liderança nacional e internacional são chamados a cultivar a não-violência”, primeiro nas suas “consciências”, e a transportarem isso para “o exercício dos seus deveres”.

“Isto não significa fraqueza ou passividade, implica sim firmeza, coragem e a capacidade de fazer face aos problemas e conflitos com honestidade intelectual, buscando verdadeiramente o bem-comum acima de todo e qualquer interesse individual, seja ideológico, económico ou político”, sustentou.

Durante a audiência com os novos embaixadores, Francisco realçou a importância de dizer “não a uma paz proclamada por palavras mas negada nos atos, por estratégias de dominação, sustentadas no escandaloso financiamento da indústria das armas, quando a tantas pessoas falta o mínimo para sobreviver”.

Desafiou ainda aqueles responsáveis a trabalharam em conjunto com os seus países, e com a Santa Sé, no sentido de garantir “a promoção da paz e dos seus valores, que contribuem para o desenvolvimento integral das pessoas e da sociedade”.

“Desejo-vos tudo de bom para a missão que vão começar hoje”, concluíu.

JCP

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Agência ECCLESIA

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