Francisco recorda mártires na República Democrática no Congo, beatificados 60 anos após a sua morte
Cidade do Vaticano, 18 ago 2024 (Ecclesia) – O Papa convidou hoje os católicos de todo o mundo a manifestar “admiração” e “gratidão”, perante “o milagre da Eucaristia”.
“Graças a Jesus, podemos viver em comunhão com Deus e entre nós. O pão vivo e verdadeiro não é, portanto, algo mágico que resolve repentinamente todos os problemas, mas é o próprio Corpo de Cristo, que dá esperança aos pobres”, declarou, antes da recitação do ângelus, perante os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
“A Eucaristia é necessária para todos nós”, acrescentou.
Falando desde a janela do apartamento pontifício, Francisco partiu de uma passagem do Evangelho de São João, na qual Jesus afirma “Eu sou o pão vivo, descido do céu”.
A reflexão sublinhou a “surpresa” que estas palavras geram, porque “o pão do céu é um dom que supera todas as expectativas”.
“Carne e sangue são a humanidade do Salvador, a sua própria vida oferecida como alimento para a nossa”, precisou.
O pão celestial, que vem do Pai, é o Filho que se fez carne por nós. Esse alimento é mais do que necessário para nós, porque sacia a fome de esperança, a fome de verdade, a fome de salvação que todos sentimos, não no estômago, mas no coração”.
Após a oração, o Papa aludiu à beatificação, neste domingo, de Vittorio Faccin, Luigi Carrara, Giovanni Didonè, religiosos da Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões Estrangeiras, e de Albert Joubert, sacerdote congolês, assassinados a 28 de novembro de 1964, na República Democrática do Congo, no contexto das tensões sociais e políticas do país africano.
“O seu martírio foi o coroamento de uma vida dedicada ao Senhor e aos irmãos e irmãs. Que o seu exemplo e a sua intercessão favoreçam caminhos de reconciliação e de paz para o bem do povo congolês”, disse Francisco, que pediu um aplauso para os novos beatos.
OC