Francisco elogia compromisso no ecumenismo e o diálogo inter-religioso
Cidade do Vaticano, 19 abr 2018 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje no Vaticano 400 monges da Confederação Beneditina, a quem pediu que sejam um “oásis” de espiritualidade no mundo contemporâneo.
“Nesta época, em que as pessoas estão tão ocupadas e não têm tempo suficiente para ouvir a voz de Deus, os vossos mosteiros e conventos tornam-se como num oásis, onde homens e mulheres de todas as idades, origens, culturas e religiões podem descobrir a beleza do silêncio e reencontrar-se a si mesmas, em harmonia com a criação, permitindo que Deus restabeleça uma ordem adequada nas suas vidas”, disse Francisco, no encontro que decorreu na sala Clementina do Palácio Apostólico.
O pontífice reconheceu o “compromisso com o ecumenismo e o diálogo inter-religioso” dos religiosos, sublinhando que os seus mosteiros devem ser “lugares de oração e acolhimento”.
“O carisma beneditino do acolhimento é muito precioso para a nova evangelização, pois lhes dá a oportunidade de acolher Cristo em todas as pessoas que chegam, ajudando aqueles que buscam a Deus a receber os dons espirituais que Ele reserva para cada um de nós”, prosseguiu.
A Confederação Beneditina está a celebrar 125 anos de fundação; nasceu por decisão do Papa Leão XIII, que em 1893 quis unir todos os beneditinos, fundando uma casa comum de estudo e oração, em Roma.
Francisco elogiou uma espiritualidade marcada pela “oração, trabalho e estudo”, realçando que São Bento soube “discernir entre o essencial e o secundário na vida espiritual, colocando o Senhor firmemente no centro”.
“Sem a sabedoria do discernimento podemos nos transformar facilmente em marionetas, à mercê das tendências do momento”, advertiu.
OC