Monsenhor António Saldanha vai ser investido no dia 28 de abril
Angra do Heroísmo, Açores, 10 abr 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco nomeou como cónego da Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, monsenhor António Saldanha, sacerdote natural do Faial (Açores), que vai ser investido no dia 28 de abril, informa a Diocese de Angra.
“É o primeiro sacerdote português a receber esta dignidade numa das Igrejas mais importantes de Roma, onde o Papa se desloca regularmente, sobretudo de cada vez que viaja e onde se encontra o mais importante ícone mariano, a ‘Salus Populi Romani’, um dos dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude”, explica a Diocese de Angra, em informação enviada à Agência ECCLESIA, esta quarta-feira, e publicada online.
Monsenhor António Manuel Saldanha e Albuquerque, sacerdote diocesano de Angra, é ‘oficial’ do Dicastério das Causas dos Santos da Santa Sé, e secretário do Studium deste organismo, o curso de formação de especialistas nos processos de canonização.
Com a nomeação para cónego da Basílica de Santa Maria Maior, o sacerdote português, que vai ser investido no dia 28 de abril, passa a integrar o Cabido Liberiano desta basílica papal, que data do século XII, estes cónegos têm a dignidade eclesiástica de Protonotários Apostólicos.
Para além do monsenhor António Saldanha foram nomeados mais seis novos cónegos, que vão participar numa oração de vésperas, no dia 28 de abril, a partir das 16h30 locais (menos uma hora em Portugal continental e menos duas horas nos Açores), e depois concelebram na Eucaristia.
A Diocese de Angra divulga que a nomeação de sete novos cónegos, alguns são membros da Cúria Romana, tem como principal objetivo dar à Basílica de Santa Maria Maior Basílica uma “dinâmica pastoral e de acolhimento aos milhares de peregrinos que a visitam anualmente”.
António Manuel Machado de Saldanha e Albuquerque tem 55 anos, nasceu a 9 de fevereiro de 1969, e é natural da Ilha do Faial; foi ordenado presbítero no dia 26 de junho de 1994, tem doutoramento em História, pela Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma, e foi professor de História no Seminário Episcopal de Angra; o Papa Bento XVI nomeou-o monsenhor, em dezembro de 2012.
O sacerdote, na sua diocese de origem, foi pároco da Agualva e de São Sebastião, na ilha Terceira, pároco da Matriz da Horta e capelão da Igreja de Nossa Senhora do Carmo e assistente da Ordem Terceira do Carmo.
O portal online ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra, informa que nos séculos XII e XIII, a Basílica de Santa Maria Maior foi um “centro ativo de culto, onde as festas marianas eram celebradas com grande solenidade e onde, junto com as antigas tradições, florescem novas devoções: as estações quaresmais, o culto aos Santos e, especialmente, a veneração da imagem de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’, o mais importante ícone mariano”.
O Papa Francisco costuma visitar a Basílica de Santa Maria Maior e o ícone mariano Salus Populi Romani, antes das suas viagens apostólicas e quando regressa ao Vaticano, entre outras ocasiões; a basílica romana guarda “uma relíquia do Santo Berço, a manjedoura onde repousou o Menino Jesus”, sendo a “Belém do Ocidente”, ali foi celebrada “pela primeira vez a Missa da Noite de Natal”, e durante muitos séculos os Papas cumpriram essa tradição.
Na Basílica de Santa Maria Maior, uma das quatro basílicas papais, estão sepultados sete pontífices e Francisco já revelou a intenção de ser sepultado neste local, adiantando, em entrevista, que o espaço para esse fim “está pronto”.
CB/OC