Francisco pediu proximidade e oração para «milhões de famílias» vítimas de «conflitos e perseguições»
Cidade do Vaticano, 18 jun 2014 (Ecclesia) – O Papa lembrou hoje no Vaticano todos os refugiados do mundo que hoje vivem fora da “própria terra para fugir dos conflitos e das perseguições”.
“Milhões de famílias refugiadas de muitos países e de todas as fés vivem na sua história dramas e feridas que dificilmente poderão ser curados. Façamo-nos seus vizinhos, partilhando os seus medos e a sua incerteza com o futuro, aliviando concretamente os seus sofrimentos”, apelou Francisco, no final da audiência pública desta quarta-feira.
A mensagem do Papa argentino, transmitida a dezenas de milhares de peregrinos na Praça de São Pedro, enquadrou-se no Dia Mundial do Refugiado, que vai ser assinalado esta sexta-feira.
Francisco mostrou-se preocupado com “o número” de “irmãos refugiados” que “está a crescer”, lembrando que “nestes últimos dias, outros milhares de pessoas foram forçadas a deixar as suas casas para se salvar”.
Em causa está por exemplo a situação dos cristãos nas cidades de Mossul e Tikrit, no Iraque, muitas deles obrigados a sair da região por causa da escalada de violência iniciada pelos guerrilheiros do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora estão também a aproximar-se de Bagdad.
Em Mossul, a comunidade cristã que em 2003 era constituída por cerca de 35 mil pessoas, com a guerra esse número desceu para pouco mais de 3 mil.
Durante a audiência, o Papa Francisco recordou também “as pessoas e as instituições que trabalham com generosidade para assegurar aos refugiados acolhimento e dignidade, dando-lhes motivos de esperança”.
Pediu ainda aos peregrinos para que rezem pela intercessão de Nossa Senhora, “que conhece a dor dos refugiados”.
“Pensemos que Jesus foi um refugiado, que teve de fugir para salvar a sua vida, com São José e Nossa Senhora, teve de ir para o Egito, ele foi um refugiado”, salientou.
JCP