Vaticano: Papa lembra cristãos assassinados «em nome de Deus»

Francisco manifesta solidariedade ao líder da Igreja Copta Ortodoxa no Egito

Cidade do Vaticano, 11 mai 2015 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje no Vaticano que há cristãos assassinados “em nome de Deus” e manifestou a sua solidariedade ao líder da Igreja Copta Ortodoxa no Egito.

“Hoje podemos ver estes que matam os cristãos em nome de Deus, porque são infiéis, segundo eles. Esta é Cruz de Cristo”, declarou, na homilia da Missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.

Comentando uma passagem do Evangelho proclamada na celebração, Francisco precisou que Jesus “fala do futuro, da cruz” que espera quem dá “testemunho cristão”.

Neste contexto, o Papa recordou o telefonema que recebeu no domingo do Patriarca copta Tawadros II, “porque era o dia da amizade copta-católica”:

“Eu recordei os seus fiéis, que foram degolados na praia [da Líbia] porque eram cristãos. Esses fiéis, pela força que lhes deu o Espírito Santo, não se escandalizaram. Morreram com o nome de Jesus nos lábios. É a força do Espírito. O testemunho”, observou.

Além deste martírio, assinalou Francisco, há “o testemunho de todos os dias, o testemunho de tornar presente a fecundidade da Páscoa”.

“Um cristão que não leva a sério esta dimensão de martírio da vida não entendeu ainda o caminho que Jesus nos ensinou: o caminho do martírio de todos os dias; de defender os direitos das pessoas; dos filhos: pai e mãe que defendem sua família; o caminho do martírio de tantos, tantos doentes que sofrem por amor de Jesus”, precisou.

O Papa escreveu uma carta a Tawadros II, Papa de Alexandria e Patriarca da Sede de São Marcos (Egito), por ocasião do segundo aniversário do seu encontro no Vaticano.

No texto, o pontífice argentino recorda os elos espirituais, o longo percurso de amizade e “o ecumenismo de sangue” que une as Igrejas cristãs, em especial os fiéis coptas recentemente martirizados pela sua fé.

Depois da publicação da mensagem, Tawadros II telefonou para o Papa Francisco.

Na “longa e cordial” conversação, de acordo com a sala de imprensa da Santa Sé, foram tocados principalmente dois temas: a vontade de prosseguir no empenho conjunto pela unidade dos cristãos e a proposta de um acordo para a celebração da Páscoa numa data comum.

RV/OC

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