Vaticano: Papa lamenta violência e crise política em Madagáscar

Confrontos provocaram várias mortes e levaram à queda do Governo

Foto: Conferência Episcopal de Madagáscar

Cidade do Vaticano, 01 out 2025 (Ecclesia) – O Papa lamentou hoje a onda de violência que atinge a ilha da Madagáscar, que provocou várias mortes e levou à queda do Governo.

“Estou profundamente entristecidos com as notícias que chegam de Madagáscar sobre os violentos confrontos entre as forças da ordem e jovens manifestantes, que causaram a morte de alguns deles e cerca de cem feridos”, disse Leão XIV, no final da audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro.

“Rezemos ao Senhor para que se evite sempre qualquer forma de violência e se favoreça a busca constante da harmonia social através da promoção da justiça e do bem comum”, acrescentou.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, pelo menos 22 pessoas morreram e centenas foram feridas pelas forças de segurança, durante protestos contra o Governo de Madagáscar, num cenário marcado por saques e destruição na capital do país.

A Fides, agência do Vaticano especializada no mundo missionário, refere que “os protestos degeneraram em confrontos violentos com as forças da ordem, o que levou as autoridades a impor um recolher obrigatório”.

Numa mensagem ao país, presidente malgaxe, Andry Rajoelina anunciou na segunda-feira à noite que todo o Governo foi demitido, mas recusou abandonar o próprio cargo, como pediam os manifestantes.

Já na última sexta-feira, membros do Conselho das Igrejas Cristãs em Madagáscar (FFKM), que representam líderes católicos, anglicanos, protestantes reformados e luteranos, expressaram solidariedade “às famílias que perderam entes queridos, aos feridos, àqueles cujas propriedades foram destruídas, cujos meios de subsistência e trabalho foram perdidos devido a saques e incêndios criminosos em muitos locais, incluindo a Sociedade Bíblica Malgaxe”.

Os responsáveis cristãos convidam a população a “pôr fim ao derramamento de sangue, à hostilidade, à destruição de infraestruturas e aos saques nas suas várias formas”.

A Conferência Episcopal de Madagáscar também se manifestou sobre a situação, falando num país “muito doente”.

Os bispos católicos condenam as mortes, pedindo o fim da destruição e da violência.

OC

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