Leão XVI pede cessar-fogo imediato, para proteger populações civis
Cidade do Vaticano, 10 dez 2025 (Ecclesia) – O Papa lamentou hoje a nova onda de violência na fronteira entre a Tailândia e o Camboja, pedindo um cessar-fogo imediato, para proteger populações civis.
“Estou profundamente entristecido com a notícia do recrudescimento do conflito ao longo da fronteira entre a Tailândia e o Camboja. Houve vítimas também entre os civis e milhares de pessoas tiveram de abandonar as suas casas”, disse, no final da audiência pública semanal.
“Manifesto a minha proximidade na oração a estas queridas populações e apelo às partes para que cessem imediatamente o fogo e retomem o diálogo”, acrescentou Leão XIV, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.
Os dois países asiáticos mantêm uma disputa antiga sobre o traçado de certas partes da fronteira, com mais de 800 quilómetros de extensão, estabelecida durante a era colonial francesa.
Em julho, cinco dias de hostilidades entre a Tailândia e o Camboja causaram 43 mortes e provocaram a deslocação de cerca de 300 mil pessoas, antes da assinatura de um plano de paz, no final de outubro, promovido pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
A Tailândia suspendeu em novembro a implementação do acordo, alegando que uma explosão de uma mina terrestre recentemente colocada feriu quatro dos seus soldados, dando início a novas hostilidades.
Ainda esta manhã, na saudação aos peregrinos da Polónia, o Papa recordou a conferência dedicada à “mensagem de reconciliação que os bispos polacos enviaram aos bispos alemães há sessenta anos”, a respeito da II Guerra Mundial.
“Que as palavras desse documento, ‘Perdoamos e pedimos perdão’, sejam para os povos hoje em conflito um testemunho de que a reconciliação e o perdão são possíveis quando nascem do desejo mútuo de paz e do compromisso comum, na verdade, pelo bem da humanidade”, apelou.
OC