Vaticano: Papa lamenta morte de José Eduardo dos Santos, antigo presidente da Angola

Mensagem evoca «ilustre estadista»

Foto: Lusa

Cidade do Vaticano, 10 jul 2022 (Ecclesia) – O Papa lamentou a morte de José Eduardo dos Santos, antigo presidente da Angola, numa mensagem enviada ao atual chefe de Estado do país, João Lourenço.

“Nesta hora de luto nacional pela morte do ex-presidente José Eduardo dos Santos, o Santo Padre deseja assegurar à família do falecido, às autoridades e ao povo de Angola a sua cordial solidariedade”, refere o texto, publicado hoje pelo Vaticano e transmitido ao presidente angolano pelo secretário de Estado do Papa, cardeal Pietro Parolin.

A mensagem recorda José Eduardo dos Santos como um “ilustre estadista, que se prodigalizou pela construção da pátria”.

O antigo presidente angolano morreu esta sexta-feira, aos 79 anos numa clínica em Barcelona, Espanha, após semanas de internamento.

O Papa “ invoca de Deus Omnipotente a paz eterna para a sua alma e abundantes dons divinos de consolação para quantos choram a sua morte e de coragem incansável para todos os que trabalham em prol da unidade e do progresso da nação”.

Em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa evocou Eduardo dos Santos como “interlocutor de todos os presidentes portugueses em democracia, durante quatro décadas, constituindo um protagonista decisivo nas relações entre os Estados e os povos angolano e português”.

“Portugal testemunha o respeito devido a essa longa memória, em período determinante para o nascimento e o arranque da CPLP e do engrandecimento das nossas relações bilaterais após a descolonização”, escreveu o chefe de Estado português, numa mensagem divulgada pela Presidência da República.

José Eduardo dos Santos sucedeu a Agostinho Neto como presidente de Angola em 1979 e deixou o cargo em 2017; enquanto chefe de Estado, conduziu o processo que culminou com a assinatura dos Acordos de Paz, a 4 de abril de 2002, na sequência da morte do líder fundador da UNITA, Jonas Savimbi.

D. José Manuel Imbamba, presidente da Conferência Episcopal de Angola e S. Tomé (CEAST), disse à televisão pública angolana que o antigo presidente foi uma “figura discreta, muito humana”, destacando o seu papel na “unidade nacional”.

OC

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Agência ECCLESIA

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