Arcebispo anglicano recebeu Nobel da Paz em 1984
Cidade do Vaticano, 26 dez 2021 (Ecclesia) – O Papa manifestou hoje a sua tristeza perante a morte do arcebispo anglicano Desmond Tutu, falecido este domingo aos 90 anos de idade, destacando o seu papel no combate ao racismo na África do Sul.
“Consciente do seu serviço ao Evangelho, através da promoção da igualdade e reconciliação racial” na sua terra natal, “o Papa confia a sua alma à misericórdia amorosa do Deus Todo-Poderoso”, refere o texto enviado ao núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) na África do Sul, D. Peter B. Wells.
O portal de notícias do Vaticano evoca o prémio Nobel da Paz de 1984 como “símbolo da resistência ao apartheid, promotor da reconciliação, consciência da África do Sul”, elogiando a sua “luta incansável e não violenta contra o regime racista” e o papel no processo de reconciliação nacional.
Francisco envia as suas condolências à família de Desmond Tutu, invocando as “bênçãos divinas da paz e consolação no Senhor Jesus” sobre todos os que choram a sua morte.
O arcebispo anglicano foi citado pelo Papa na sua encíclica ‘Fratelli Tutti’, de 2020.
“Neste espaço de reflexão sobre a fraternidade universal, senti-me motivado especialmente por São Francisco de Assis e também por outros irmãos que não são católicos: Martin Luther King, Desmond Tutu, Mahatma Mohandas Gandhi e muitos outros”, escreveu.
Em Portugal, o presidente da República evocou Desmond Tutu como “uma das grandes figuras do século XX”, que “deixa um legado para toda a humanidade”.
Marcelo Rebelo de Sousa elogia um “lutador maior pela justiça social, direitos humanos, liberdade e pluralismo na África do Sul”.
OC