Francisco apela a compromisso de todos para promover «plena integração»
Cidade do Vaticano, 29 jan 2023 (Ecclesia) – O Papa assinalou hoje no Vaticano o Dia Mundial dos Doentes de Lepra, manifestando-lhes a sua “proximidade” e pedindo que todos se empenhem para a sua “plena integração”.
“Infelizmente, o estigma ligado a esta doença continua a provocar graves violações de Direitos Humanos, em várias partes do mundo”, alertou, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.
Na última segunda-feira, o Papa tinha pedido maior proximidade das comunidades católicas com os doentes de lepra, para que lhes sejam garantidos “apoio espiritual e assistência médica”.
“As comunidades cristãs deveriam deixar-se evangelizar por esses irmãos e irmãs e estar na linha de frente dos esforços para a sua plena integração”, declarou, numa mensagem divulgada pelo Vaticano, a respeito do II Simpósio sobre a Doença de Hansen que decorreu em Roma.
Francisco sublinhou a importância de “construir uma sociedade inclusiva que não deixe ninguém para trás”.
A mensagem destacava que a lepra “uma das doenças mais antigas da história humana” continua hoje a implicar um “estigma” sobre os doentes, com “graves violações dos direitos humanos em várias partes do mundo”.
“Não podemos esquecer estes nossos irmãos e irmãs. Não devemos ignorar esta doença, que infelizmente ainda afeta tantos, especialmente em contextos sociais mais pobres”, apelou o Papa.
A Associação Portuguesa Amigos de Raoul Follereau (APARF) está a assinalar o 70.º Dia Mundial dos Doentes de Lepra, lembrando que ocorrem mais de 140 mil novos casos por ano desta doença.
O Dia Mundial dos Doentes de Lepra foi instituído em 1954, a pedido de Raoul Follereau, e é assinalado em cerca de 130 países, no último domingo de janeiro.
A APARF quer “alertar a população mundial para as condições de sofrimento e de miséria em que vivem muitos milhões de pessoas atingidas pela doença da lepra”.
OC