Vaticano: Papa insiste em cessar-fogo «imediato» entre Israel e Palestina

Francisco pede respeito pelo estatuto de Jerusalém, cidade santa de várias religiões

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 01 set 2024 (Ecclesia) – O Papa reforçou hoje, no Vaticano, os seus apelos em favor de um cessar-fogo “imediato” entre Israel e Palestina, pedindo respeito pelo estatuto de Jerusalém, cidade santa de várias religiões.

“Mais uma vez, penso com preocupação no conflito entre a Palestina e Israel, que ameaça estender-se a outras cidades palestinianas. Apelo para que não se interrompam as negociações e ao cessar imediato do fogo, à libertação dos reféns, ao socorro da população de Gaza, onde se propagam tantas doenças, incluindo a poliomielite, à paz na Terra Santa e à paz em Jerusalém”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.

Perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro, o Papa deixou votos de que Jerusalém, a “Cidade Santa”, seja “um lugar de encontro, onde cristãos, judeus e muçulmanos se sintam respeitados e acolhidos, e que ninguém ponha em causa o ‘status quo’ nos respetivos lugares santos”.

Foto: Lusa/EPA

A Organização Mundial de Saúde anunciou na quinta-feira pausas limitadas nos combates em Gaza para permitir a vacinação contra a poliomielite a centenas de milhares de crianças.

O conflito em Gaza agravou-se após um ataque do Hamas no sul de Israel, a 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1200 mortos e levou mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar em grande escala no enclave, que provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.

Francisco quis ainda recordar o “martirizado” povo ucraniano, “duramente atingido pelos ataques às suas infraestruturas energéticas”.

A intervenção sublinhou que os ataques russos, “além de causarem mortos e feridos, deixaram mais de um milhão de pessoas sem eletricidade e sem água”.

“Recordemos que a voz dos inocentes encontra sempre forma de chegar junto de Deus, que não é indiferente ao seu sofrimento”, concluiu o Papa.

OC

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