Vaticano: Papa inicia ciclo de reflexões sobre parábolas dos Evangelhos e pede que cada um se interrogue – «onde estou eu?»

Texto para a audiência semanal foi divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 16 abr 2025 (Ecclesia) – O Papa iniciou hoje um ciclo de reflexões sobre as parábolas de Jesus, nos Evangelhos, com um texto dedicado à “mais famosa”, conhecida habitualmente como do filho pródigo.

“Gostaria de refletir sobre algumas parábolas. Como sabemos, são narrações que retomam imagens e situações da realidade diária. Por isso, tocam também a nossa vida. Provocam-nos! E pedem-nos que tomemos uma posição: onde estou eu nesta narração?”, escreve Francisco, na catequese preparada para a audiência semanal, que foi divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.

As audiências gerais encontram-se suspensas desde o internamento do Papa, a 14 de fevereiro, e ainda não foram retomadas na sua atual convalescença.

A reflexão sobre a “parábola do pai e dos dois filhos”, do Evangelho segundo São Lucas, é apresentada por Francisco como “o coração do Evangelho de Jesus, ou seja, a misericórdia de Deus”.

O Evangelho quer confiar-nos uma mensagem de esperança, porque nos diz que onde quer que nos tenhamos perdido, seja como for quer que nos tenhamos perdido, Deus vem sempre à nossa procura”.

O Papa sustenta que o amor é “sempre um compromisso”, porque é preciso deixar algo de si para “ir ao encontro do outro”.

Francisco recorda a representação desta parábola, pelo pintor Rembrandt, que retratou o regresso do filho pródigo.

“Há sobretudo dois pormenores que me chamam a atenção: a cabeça do jovem está rapada, como a de um penitente, mas parece também a cabeça de uma criança, porque este filho renasce. E depois as mãos do pai: uma masculina e outra feminina, para descrever a força e a ternura no abraço do perdão”, refere.

O texto evoca ainda o filho que sempre ficou em casa com o pai, mas que “estava distante dele, longe do coração”.

“Amados irmãos e irmãs, perguntemo-nos então onde nos encontramos nesta maravilhosa narração. E peçamos a Deus Pai a graça de poder, também nós, encontrar o caminho de volta para casa”, conclui.

OC

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