Leão XIV referiu que cada «batimento cardíaco confiado» aos cuidados destes profissionais «é um lembrete de que a vida é um dom»

Cidade do Vaticano, 05 dez 2025 (Ecclesia) – O Papa incentivou hoje, no Vaticano, um grupo de cardiologistas a assegurar que o avanço da ciência chega a todos, sobretudo aos estão mais à margem.
“Encorajo-vos, portanto, a continuar a promover um espírito de colaboração global, a partilhar generosamente o conhecimento e a garantir que os avanços no tratamento permaneçam acessíveis a todos, especialmente aos pobres e marginalizados”, afirmou Leão XIV, num discurso partilhado pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
A intervenção foi realizada numa audiência, esta manhã, com uma delegação do “Paris Course on Revascularization”, que o Vaticano apresenta como um dos maiores e mais influentes congressos internacionais de cardiologia intervencionista, cuja próxima edição está marcada para maio de 2026, informa o portal de notícias ‘Vatican News’.
O Papa destacou que o “’serviço da vida’ é fundamental para todo o ato médico autêntico, pois reflete a ternura com que o próprio Cristo se aproximava dos doentes e dos vulneráveis”.
“O seu amor constante inspira a dedicação que vocês demonstram através da investigação, da formação e das delicadas intervenções que preservam a vida. Cada batimento cardíaco confiado aos vossos cuidados é um lembrete de que a vida é um dom, sempre um mistério a ser reverenciado”, referiu.
Leão XIV evidenciou que os cardiologistas “representam aqueles que se dedicam ao avanço da ciência e da prática da cardiologia intervencionista”.
“O seu trabalho situa-se na encruzilhada entre a ciência, a compaixão e a responsabilidade ética. A Igreja afirma consistentemente a vocação da investigação científica, que abre o ser humano à verdade e a um serviço mais profundo do bem comum”, indicou.
Segundo o Papa, o “senhor encarna este espírito sempre que procura curar o coração, tanto física como metaforicamente, trazendo alívio àqueles que sofrem e esperança às suas famílias”.

Na audiência, Leão XIV agradeceu aos presentes a visita “durante este Jubileu da Esperança — um ano em que toda a Igreja eleva os olhos para o Senhor, que renova as forças, reacende a coragem e nos ensina a ter esperança, mesmo em meio à fragilidade humana”.
No final da intervenção, o Papa pediu que a organização “continue a ser um farol de esperança, iluminando a profunda unidade entre a excelência científica e o serviço à humanidade”.
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