Reunião internacional vai definir estratégia humanitária até 2019
Cidade do Vaticano, 12 mai 2015 (Ecclesia) – O Papa vai inaugurar hoje a 20.ª Assembleia Geral da Cáritas Internacional, que decorre até domingo e reúne em Roma líderes das várias organizações solidárias católicas espalhadas pelo mundo.
Francisco preside à Missa de abertura do encontro pelas 17h30 (menos uma em Lisboa) na Basílica de São Pedro.
O evento vai ter como tema “Uma só família humana, a Cuidar da Criação” e centra-se na elaboração da estratégia de ajuda humanitária até 2019, no contexto de 164 países.
O foco do encontro, refere a confederação internacional da organização católica, estará centrado “no aumento das desigualdades” socioeconómicas bem “como nas consequências das mudanças climáticas” que afetam o globo.
Sob a coordenação do cardeal hondurenho Óscar Maradiaga, presidente da Cáritas Internacional, os participantes irão ainda “eleger novos dirigentes” para os próximos anos.
D. Óscar Maradiaga chama a atenção da importância da assembleia para a partilha “de uma grande quantidade de culturas e experiências”, uma diversidade de ideias que poderá ajudar e muito a encontrar novas formas de “amenizar o sofrimento dos mais pobres”.
O cardeal hondurenho deixa ainda alguns dados que apontam para o facto de, nos últimos 10 anos, o “número de pessoas em situação de emergência e a necessitarem de ajuda” ter crescido de “40 para 79 milhões” em todo o planeta.
“A cada 10 segundos morre uma criança devido a doenças causadas pela fome. Em 2015, perto de 2,7 mil milhões de pessoas poderão vir a enfrentar situações graves devido à escassez de água. Em 2050, estima-se que o aquecimento global possa deixar sem teto 200 milhões”, alerta.
Neste contexto, prossegue D. Óscar Maradiaga, “a Igreja Católica desempenha um papel vital através de organizações como a Cáritas, na distribuição de ajuda humanitária, na promoção do desenvolvimento humano integral e na reivindicação de uma maior justiça social”.
Como indica o tema da assembleia geral, “juntos” os povos de todo o mundo “podem proteger todas as pessoas e o planeta da pobreza, da exclusão e dos excessos do consumismo”, exorta o responsável católico.
JCP/OC