Irmão Matthew recordou o apelo a ser «peregrinos de paz», neste período de «grande sofrimento em tantos lugares do mundo»
Taizé, França, 19 mar 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu pela primeira vez o novo prior da Comunidade Ecuménica de Taizé, o irmão Matthew, numa audiência privada realizada, esta segunda-feira, dia 18 de março, no Vaticano.
Num comunicado, enviado à Agência ECCLESIA, a comunidade de Taizé informa que o irmão Matthew “agradeceu” ao Papa pelo seu ministério como bispo de Roma, Francisco foi eleito há 11 anos, no dia 13 de março de 2013, e o início solene do pontificado aconteceu a 19 de março de 2013, Solenidade Litúrgica de São José.
O prior de Taizé recordou o Encontro Europeu 2023/2024 realizado pela comunidade ecuménica em Liubliana (Eslovénia), de 28 de dezembro de 2023 a 1 de janeiro de 2024, e partilhou o que estão a preparar para a 47.ª edição em Tallinn, capital da Estónia, em dezembro deste ano, iniciativa que faz parte da ‘Peregrinação de Confiança através da Terra’ promovida pela comunidade ecuménica francesa.
Neste contexto, na audiência privada com o Papa Francisco, foi lembrado o convite do irmão Matthew, monge inglês e de confissão anglicana, para ser “peregrinos de paz” neste período de “grande sofrimento em tantos lugares do mundo”, feito em Liubliana.
O novo prior da Comunidade Ecuménica de Taizé, que tomou posse no dia 2 de dezembro de 2023, partilhou também com Francisco a “profunda gratidão de tantos cristãos de diferentes Igrejas pelo encontro do povo de Deus ‘Together’, realizado no dia 30 de setembro de 2023, no Vaticano, e em particular a bênção final do Papa com cerca de 20 responsáveis de diversas Igrejas.
A Comunidade monástica de Taizé informa ainda que o irmão Matthew, antes de chegar a Roma, participou, com dois monges, numa conferência ecuménica em Assis (Itália), sobre o tema ‘Festa da Criação, mistério da Criação’, onde interveio no painel intitulado ‘O Kairós ecuménico – terreno fértil para a Festa da Criação’.
O comunicado destaca também que, no dia 7 de março, no âmbito da iniciativa ‘peregrinos de paz’, jovens, irmãs de Santo André e irmãos de Taizé fizeram uma caminhada de 34 quilómetros, a partir da comunidade monástica até à cidade de Givry, para “marcar simbolicamente a distância que separa as cidades de Gaza e de Rafah”, com quatro estações para rezar por aqueles que “sofrem em vários lugares do mundo”.
Esta caminhada, que atravessou a linha de demarcação que, até 1942, separava a zona franca da zona ocupada em França, surgiu a partir do testemunho de uma família palestiniana acolhida em Taizé contou como os seus familiares percorreram a pé os 33 km da cidade de Gaza até Rafah “em busca de segurança sob os bombardeamentos”.
A comunidade monástica de Taizé, no sul da França, “nasceu durante a guerra”, a II Guerra Mundial, foi fundada a 20 de agosto de 1940, nos primeiros anos o fundador, o irmão Roger Schutz, pastor protestante suíço, começou a acolher perseguidos políticos, judeus e mais tarde prisioneiros alemães.
CB
