Cidade do Vaticano, 13 out 2016 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje que os cristãos foram abençoados por Deus porque são “escolhidos, perdoados” individualmente e devem “caminhar”, fazer o bem ao longo da sua vida.
“Nós não somos anónimos, não somos soberbos a ponto de não precisar do perdão. Não somos pessoas paradas”, sublinhou, na homilia na Capela da Casa de Santa Marta.
Na Eucaristia matinal, Francisco explicou que o cristão “é abençoado por Deus”, uma pessoa escolhida, chamada que Deus “chamou um por um, não como uma multidão oceânica”.
A partir da Carta de São Paulo aos Efésios, o Papa deu como exemplo dessa escolha um casal que espera o nascimento do filho e pergunta-se como “será, como será o seu sorriso, como falará”.
“Ouso dizer que também nós, cada um de nós, foi sonhado pelo Pai, como um pai e uma mãe sonham o filho que esperam. Isso nos dá uma segurança grande. Este é o fundamento, é a base da nossa relação com Deus, que nos escolheu, que nos deu um nome”, desenvolveu Francisco, sublinhando que Deus “não quis uma massa de gente”.
Segundo o pontífice argentino, o cristão sentir-se perdoado é outra característica porque um homem ou uma mulher que “não se sente perdoado não é plenamente cristão”.
“O cristão é uma pessoa sonhada por Deus. Quando vivemos assim sentimos no coração um grande consolo, não sentimo-nos abandonados”, observou, acrescentando que quando se pertence a uma comunidade é-se como um adepto que escolhe uma equipa de futebol e a partir daquele momento “pertence aquele clube”.
Depois de explicar que “todos” foram “perdoados com o preço do sangue de Cristo” do “mal” feito na vida, Francisco recordou que a primeira característica de ser “abençoado, cristão” é ter sido “escolhido, sonhado por Deus”.
Neste contexto, referiu que a terceira característica é ser alguém que caminha “rumo à plenitude, ao encontro com Cristo que redimiu” cada um.
“Não se pode entender um cristão parado. O cristão deve sempre caminhar, parado é aquele homem que recebeu um talento e por causa do medo da vida, medo de perdê-lo, medo do patrão, medo ou comodismo, enterrou-o”, desenvolveu.
“O cristão é um homem a caminho, uma mulher a caminho, que procura fazer o bem, caminha em frente”, frisou o Papa Francisco, numa intervenção divulgada pela Rádio Vaticano.
CB