Perante seis mil pessoas e com as palavras sempre traduzidas para língua gestual
Cidade do Vaticano, 29 mar 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu, este sábado, em audiência, na Sala Paulo VI, no Vaticano, milhares de cego e surdos e encorajou-os a construir relações fraternas.
“Só quem reconhece a própria fragilidade, o próprio limite, é que pode construir relações fraternas e solidárias, na Igreja e na sociedade”, disse o Papa Francisco aos cerca de 6 mil membros do «Movimento Apostólico Cegos» e da «Pequena Missão para os Surdos», entre familiares, Congregações, escolas, associações, entidades e movimentos, provenientes do Brasil, Argentina, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra e Malta.
As palavras do Papa argentino foram traduzidas para língua gestual, onde este colocou em destaque as culturas opostas da sociedade: “A cultura do encontro e a cultura da exclusão, do preconceito”.
“A pessoa doente ou com deficiência, a partir da sua fragilidade, do seu limite, pode tornar-se testemunha do encontro: o encontro com Jesus, que abre à vida e à fé e ao encontro com os outros, com a comunidade”, afirmou Francisco.
Só quem reconhece “a própria fragilidade, o próprio limite”, é que pode construir “relações fraternas e solidárias, na Igreja e na sociedade”, acrescentou.
O encontro teve início com um momento de oração, guiado pelos organizadores, seguido por testemunhos de pessoas surdas e cegas do «Movimento Apostólico Cegos».
No final do seu discurso Francisco demorou-se no cumprimento pessoal aos presentes, muitos dos quais acompanhados dos seus cães-guia, que deram mais algum colorido ao auditório Paulo VI, no Vaticano.
RV/LFS