Francisco ouviu os «parabéns» dos mais jovens membros da Ação Católica Italiana
Cidade do Vaticano, 17 dez 2015 (Ecclesia) – O Papa celebrou hoje o seu aniversário na companhia de cerca de 60 crianças e jovens da Ação Católica Italiana, envolvidas num projeto de ajuda a migrantes na Diocese de Agrigento, que inclui o território de Lampedusa.
O tradicional encontro para as felicitações de Natal aconteceu este ano no dia em que Francisco completava 79 anos de vida, pelo que começou ao som dos ‘parabéns’, em italiano e espanhol, com um bolo de aniversário.
No seu discurso, o Papa convidou os mais novos a “partilhar o necessário” como todos os meninos e meninas da sua idade que passam por privações.
A este propósito, o pontífice argentino elogiou a “muito boa iniciativa de caridade” que as crianças e jovens da Ação Católica Italiana vão desenvolver em favor da diocese italiana de Agrigento.
“Que o Senhor abençoe este projeto, o qual vai dar uma mão àquela comunidade, comprometida de modo exemplar no acolhimento de tantos irmãos e irmãs que chegam cheios de esperança, mas também de tantas feridas e necessidades, em busca de pão e paz”, observou.
Francisco revelou que na audiência pública semanal, esta quarta-feira, lhe foi apresentada uma criança, pelos seus pais, que nasceu num barco, ao largo da Sicília, há cinco meses.
“Muitas crianças conseguem chegar, outras não. E tudo aquilo que fizerem por estas pessoas é bom, obrigado por isso. Podem dar um contributo especial a esta iniciativa com o vosso entusiasmo e oração, acompanhando-as com alguma renúncia”, apelou.
Neste contexto, o Papa dirigiu-se diretamente às crianças para exemplificar o que significa a renúncia.
“Se tens dois rebuçados e ao teu lado está um amigo que não tem nenhum, o que fazes? O que fazem? [Uma criança responde: ‘Dou-lhe uma’ ]. Dais-lhe um. E se tiverem só um e ele nada, o que fazem? [Uma criança responde: ‘Dou-lhe metade’ ]. A metade, está bem. Avancem assim”, desejou.
O Papa concluiu seu discurso com votos de “um feliz e santo Natal” para todos e, como de costume, pediu que rezassem por ele.
RV/OC