Francisco fala de região «flagelada», em encontro com representantes diplomáticos
Cidade do Vaticano, 09 jan 2020 (Ecclesia) – O Papa recordou hoje no Vaticano as vítimas dos incêndios na Austrália, manifestando a sua proximidade a uma região “flagelada”, no encontro anual com os membros do corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé.
“Quero dirigir uma saudação particular [à] Austrália, duramente flagelada nos últimos meses por persistentes incêndios, cujos efeitos se fizeram sentir também noutras regiões da Oceânia”, declarou.
O número de mortos nos fogos na Austrália aumentou para 27, registando-se ainda 2131 casas destruídas, um balanço que pode piorar com as avaliações nas zonas mais afetadas, informou esta quinta-feira o primeiro-ministro do país.
“Ao povo australiano, especialmente às vítimas e a quantos vivem nas regiões atingidas pelos fogos, desejo assegurar a minha proximidade e oração”, referiu o Papa.
Francisco tinha deixado uma mensagem de solidariedade ao povo da Austrália, esta quarta-feira, lamentando o “momento difícil” provocado pelos fogos.
“Entre vós há um grupo da Austrália e eu gostaria de pedir a todos que rezem ao Senhor, para que ajude o seu povo, neste momento difícil, com o fogo tão forte”, declarou, de improviso, no final da audiência pública semanal que decorreu no auditório Paulo VI, no Vaticano.
D. Mark Coleridge, presidente da Conferência Episcopal Australiana, fala numa “catástrofe sem precedentes”, saudando os esforços dos bombeiros e a e resistência das comunidades diante da “força devastadora da natureza”.
“Precisamos mais do que palavras, precisamos de ações concretas”, apelou o responsável católico.
Os bispos preparam “uma resposta nacional de toda a Igreja”, para coordenar o que está a ser feito a nível local na preparação de refeições, limpeza de propriedades, reconstrução de comunidades e apoio às vítimas, incluindo o cuidado pastoral.
As comunidades católicas vão promover uma recolha solidária de fundos nas Missas do Dia da Austrália (26 de janeiro).
OC