Vaticano: Papa evoca povos da Amazónia e vítimas da guerra

Francisco assinala Dia Mundial das Missões, após proclamação de 14 novos santos

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 20 out 2024 (Ecclesia) – O Papa evocou hoje, no Vaticano, os povos da Amazónia e as vítimas da guerra, apelando à proteção da comunidade internacional.

“Faço um apelo às autoridades políticas e civis para que garantam a proteção destes povos e dos seus direitos fundamentais, contra todas as formas de exploração da sua dignidade e dos seus territórios”, referiu, no final da Missa que assinalou o Dia Mundial das Missões 2024, com proclamação de 14 santos da Igreja Católica, incluindo o fundador dos Missionários da Consolata, padre José Allamano.

O sacerdote italiano, falecido em 1926, foi canonizado após o reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão, que ocorreu na floresta amazónica brasileira, no Estado de Roraima: Sorino, um homem da etnia Ianomâmi, foi atacado por um felino, que o feriu gravemente na cabeça.

“O testemunho de São José recorda-nos a necessária atenção às populações mais frágeis e vulneráveis”, indicou Francisco.

O Papa deixou uma palavra particular ao povo Ianomâmi, na floresta amazónica brasileira, “entre cujos membros se realizou o milagre ligado à canonização de hoje”.

Os outros santos são Manuel Ruiz Lopez e sete companheiros, da Ordem dos Frades Menores, e Francisco, Mooti e Raphael Massabki, leigos, todos mortos por “ódio à fé” em Damasco (Síria) entre 9 e 10 de julho de 1860; Marie-Leonie Paradis (nascida Virginie Alodie), fundadora da Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família; e Helena Guerra, fundadora da Congregação das Oblatas do Espírito Santo, conhecidas como as “Irmãs de Santa Zita”.

A canonização é a confirmação, por parte da Igreja Católica, de que um fiel católico é digno de culto público universal e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.

O Papa pediu ainda orações pelos povos que “sofrem com a guerra”.

“A martirizada Palestina, Israel, Líbano, a martirizada Ucrânia, o Sudão, Myanmar e todos os outros. Invoquemos para todos o dom da paz”, declarou.

Antes da recitação do ângelus, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco assinalou o 98.º Dia Mundial das Missões, este ano com o tema ‘Ide e convidai a todos para o banquete’, da parábola evangélica do banquete nupcial do Evangelho de São Mateus (Mt 22, 9).

“O anúncio missionário deve levar a todos o convite a um encontro festivo com o Senhor, que nos ama e quer que participemos da sua alegria esponsal”, indicou.

O Papa recordou o exemplo dos novos santos, afirmando que “cada cristão é chamado a participar nesta missão universal com o seu testemunho evangélico, em todos os ambientes”.

“Apoiemos com a nossa oração e a nossa ajuda todos os missionários que muitas vezes, com grande sacrifício, levam o luminoso anúncio do Evangelho a todas as partes da terra”, desejou.

OC

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Agência ECCLESIA

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