Vaticano: Papa evoca mártires contemporâneos

Francisco saudou cardeal albanês, perseguido no regime comunista

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 14 fev 2024 (Ecclesia) – O Papa evocou hoje, no Vaticano, os mártires contemporâneos, evocando a história de vida do cardeal albanês D. Ernest Simoni, de 95 anos, que apresentou como um “mártir vivo”.

“Também hoje há tantos mártires em todo o mundo, tantos, talvez ainda mais do que no início, há tantos perseguidos por causa da fé”, disse, no final da audiência pública semanal.

Francisco recordou que D. Ernest Simoni viveu 28 anos nas prisões comunistas da Albânia,” talvez a mais cruel, a mais cruel perseguição”,

“Continua a dar testemunho. E como ele, muitos, muitos. Ele está agora com 95 anos e continua a trabalhar para a Igreja, sem desanimar. Caro irmão, obrigado pelo teu testemunho. Muito obrigado”, referiu, perante o cardeal albanês, presente na audiência geral.

Falando de improviso, o Papa evocou as histórias dos primeiros mártires da Igreja.

“Mesmo aqui, onde está agora o Vaticano, há um cemitério e muitos foram executados aqui e enterrados aqui. Quando se fazem as escavações, encontram-se estas sepulturas”, indicou.

Francisco encontrou-se com o então padre Ernest Simoni a 21 de setembro de 2014, durante um encontro com o clero em Tirana, tendo ficado visivelmente emocionado ao ouvir o testemunho dos anos que o agora cardeal passou na prisão, vítima de tortura e ameaças de morte durante a perseguição do regime de Enver Hoxha.

Esta quinta-feira, no Vaticano, a Capela do Coral da Basílica de São Pedro acolhe uma oração ecuménica, organizada pelo Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, evocando os cristãos mortos a 15 de fevereiro de 2015 pelo autoproclamado Estado Islâmico, 20 egípcios e um ganês, que trabalhavam na Líbia e foram decapitados na praia de Izmir.

A 11 de maio de 2023, durante um encontro e um momento de oração comum com o patriarca Tawadros, da Igreja Copta Ortodoxa de Alexandria (Egito), Francisco anunciou que os 21 cristãos seriam incluídos no Martirológio Romano, como sinal de “comunhão espiritual”.

OC

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Agência ECCLESIA

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