Sinos tocam em igrejas de todo o mundo para assinalar centenário do Armistício
Cidade do Vaticano, 11 nov 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco assinalou hoje no Vaticano o centenário do fim da I Guerra Mundial (1914-1918), pedindo que todos aprendam a lição desta “tragédia”.
“Ao rezarmos por todas as vítimas desta enorme tragédia, digamos com força: apostemos na paz, não na guerra”, declarou, desde a janela do apartamento pontifício, onde presidiu à recitação da oração do ângelus.
Francisco recordou as palavras de Bento XV, pontífice entre 1914 e 1922, que definiu a primeira Grande Guerra como um “massacre inútil”.
Para assinalar o centenário do Armistício, o Papa anunciou que os sinos das igrejas em todo o mundo, “incluindo as da Basílica de São Pedro”, vão tocar pelas 12h30 (hora de Lisboa).
A página histórica do primeiro conflito mundial é, para todos, uma severa advertência para refutar a cultura da guerra e procurar todos os meios legítimos para pôr fim aos conflitos que ainda ensanguentam várias regiões do mundo. Parece que não aprendemos”.
Portugal participou na frente ocidental da I Guerra Mundial ao lado dos aliados, a partir de 1917, com o Corpo Expedicionário, que acabaria derrotado na Batalha de La Lys, a 9 de abril de 1918.
Esta guerra mobilizou mais de 70 milhões de militares e resultou em vários milhões de mortos e feridos; as partes assinaram um cessar-fogo a 11 de novembro de 1918.
O Papa Francisco recordou ainda a celebração da memória de São Martinho de Tours, militar, que a Igreja Católica assinala anualmente neste dia: “Ele cortou em dois o seu manto para partilhá-lo com um pobre. Que este gesto de solidariedade humana indique a todos o caminho para a paz”.
As comunidades católicas vão celebrar, no próximo domingo, o II Dia Mundial dos Pobres, com várias iniciativas de “evangelização, oração e partilha”.
“Também aqui, na Praça de São Pedro, foi preparado um espaço de saúde que, durante uma semana, vai oferecer cuidados aos que passam por necessidades”, adiantou o Papa.
Francisco deseja que esta jornada, criada por si, “favoreça uma atenção crescente às necessidades do últimos e dos marginalizados, dos famintos”.
OC