Francisco diz que força e testemunho dos católicos ultrapassa limites da «fragilidade» humana
Cidade do Vaticano, 29 out 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco elogiou hoje no Vaticano o testemunho de fé e de amor dos católicos em todo o mundo, pedindo que a Igreja esteja sempre “próxima” de quem sofre.
“Através da sua realidade visível, de tudo o que se vê, os sacramentos e o testemunho de todos nós cristãos, a Igreja é chamada todos os dias a estar próxima de cada homem, a começar por quem é pobre, por quem sofre e por quem é marginalizado, a fim de continuar a fazer sentir sobre todos o olhar compassivo e misericordioso de Jesus”, disse, durante a catequese que proferiu na audiência pública semanal.
Perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Francisco sublinhou que a referência à Igreja inclui uma “realidade visível” que não passa apenas pelo Papa, os bispos, os padres e as pessoas consagradas, mas por “tantos irmãos e irmãs batizados que no mundo acreditam, esperam e amam”.
“A Igreja somos todos, todos. Todos nós. Todos os batizados somos a Igreja, a Igreja de Jesus, de todo os que seguem o Senhor Jesus e que em seu nome se fazem próximos dos últimos e dos que sofrem, procurando oferecer-lhes alívio, conforto e paz”, acrescentou.
Nesse contexto, o Papa observou que mesmo esta realidade “visível” da Igreja não se pode medir ou conhecer “em toda a sua plenitude”, porque é uma “realidade misteriosa, que vem de Deus”.
Francisco apresentou Jesus, com as suas naturezas humana e divina, como modelo para a Igreja, com uma realidade visível e outra espiritual.
“Como Cristo se serviu da sua humanidade para anunciar e realizar o desígnio divino de redenção e de salvação, assim deve ser também para a Igreja”, explicou.
A intervenção recordou que a Igreja Católica tem a experiência das “fragilidades” e “limites” dos seus membros, porque todos são “pecadores”.
“Esta fragilidade, estes limites, estes nossos pecados, é bom que provoquem em nós um profundo desgosto, sobretudo quando damos maus exemplos e começamos a tornar-nos motivo de escândalo”, advertiu.
Francisco pediu a oração pelo “dom da fé” para que os membros da Igreja compreendam que, apesar da sua fragilidade, são “instrumento da graça e sinal visível do amor do Senhor por toda a humanidade”.
Nas saudações aos peregrinos polacos, o Papa abordou ainda a próxima celebra da solenidade de Todos os Santos (1 e novembro).
“Agradeçamos ao Senhor por todos os homens e mulheres que, nas diversas circunstâncias históricas, souberam colaborar com a graça divina e tiveram a coragem de dar testemunho da fé, da esperança e da caridade na vida quotidiana. Aprendamos com eles como tornar-nos santos no nosso tempo”, declarou.
OC