Cidade do Vaticano, 27 out 2014 (Ecclesia) – O Papa enviou uma mensagem à Associação Internacional de Exorcistas (AIE), que promoveu em Roma o seu primeiro congresso, revelou hoje a Rádio Vaticano.
Francisco sublinhou que os exorcistas manifestam “o amor e o acolhimento da Igreja a quantos sofrem por causa da obra do maligno”, num ministério que deve ser exercido “em comunhão com os próprios bispos”.
A mensagem foi lida pelo padre Francesco Bamonte, presidente da AIE, perante cerca de 300 exorcistas de vários países, que abordaram o crescimento e as consequências de fenómenos como o ocultismo e o satanismo.
A Congregação para o Clero (Santa Sé) reconheceu juridicamente em julho a Associação Internacional de Exorcistas e aprovou os seus estatutos.
A AIE passa a ter personalidade jurídica como “associação privada internacional de fiéis”, com todos os direitos e as obrigações estabelecidas pelo Código de Direito Canónico.
A ideia de reunir os exorcistas numa associação surgiu com o sacerdote italiano Gabriele Amorth, nos anos 80 do século XX, quando “estavam em plena expansão práticas de ocultismo, o que levava um crescente número de fiéis a buscar a ajuda de sacerdotes”.
Atualmente, a AIE conta com cerca 250 exorcistas de 30 países.
O exorcismo solene, também chamado “grande exorcismo” é reservado aos casos de possessão diabólica e só pode ser feito por um presbítero com licença do bispo, no cumprimento das regras estabelecidas pelo Ritual da Celebração dos Exorcismos, sendo proibida qualquer interferência da comunicação social ou ajuntamento de pessoas.
O Catecismo da Igreja Católica explica que o exorcismo acontece, “em nome de Jesus”, para “que uma pessoa ou um objeto seja protegido contra a ação do maligno e subtraído ao seu domínio”.
OC