Vaticano: Papa escreve ao G8

Francisco pede que cimeira da Irlanda do Norte dê atenção aos mais pobres e promova cessar-fogo na Síria

Cidade do Vaticano, 17 jun 2013 (Ecclesia) – O Papa enviou uma mensagem aos líderes do G8, que a partir de hoje se reúnem em Cimeira na Irlanda do Norte, para pedir uma atenção “particular” aos mais pobres e um cessar-fogo para a Síria.

“Espero sinceramente que a cimeira ajude a obter um cessar-fogo imediato (na Síria) e duradouro e a trazer todas as partes no conflito à mesa das negociações”, escreve Francisco, numa mensagem dirigida ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, atualmente na presidência do grupo que congrega os sete países mais industrializados e a Rússia.

Num olhar para a situação no Médio Oriente, o Papa sublinha que a paz exige a renúncia a “certas reivindicações”, numa visão a longo prazo, para que seja possível construir “uma paz mais equitativa e justa”.

“Além disso, a paz é um pré-requisito essencial para a proteção das mulheres, crianças e outras vítimas inocentes, e para fazer um começo para vencer a fome, especialmente entre as vítimas da guerra”, acrescenta o texto.

Cameron tinha enviado uma carta ao Papa no dia 5 de junho para informá-lo sobre a “agenda da presidência britânica do G8 2013”, revelou o Vaticano.

Em resposta, Francisco pediu que “toda a atividade política e económica, seja nacional ou internacional, faça referência ao homem”.

“Os vários graves desafios económicos e políticos que o mundo de hoje enfrenta requerem uma corajosa mudança de atitude que restaure o seu lugar próprio ao fim (a pessoa humana) e aos meios (economia e política”, sustenta o Papa.

O combate à evasão fiscal, o estímulo ao comércio mundial e o conflito na Síria dominam a agenda da reunião, que termina esta terça-feira na localidade de Lough Erne.

Francisco refere que o dinheiro e outros meios políticos ou económicos devem “servir, não mandar”, procurando que cada habitante do planeta tenha “o mínimo necessário para viver com liberdade e dignidade”.

Segundo o Papa é necessário sublinhar a “importância primária de colocar a humanidade, cada homem e mulher, no centro de toda a atividade política e económica, nacional e internacionalmente, porque o homem é o mais verdadeiro e profundo recurso para a política e a economia”.

OC

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