Vaticano: Papa envia mensagem à comunidade católica de Gaza

Pároco local descreve situação como «angustiante»

Cidade do Vaticano, 19 jul 2014 (Ecclesia) – O Papa Francisco enviou uma mensagem de encorajamento à comunidade católica de Gaza e ao seu pároco, padre Jorge Hernández, que descreve a situação local como “angustiante” e “verdadeiramente dramática”, revela hoje a Rádio Vaticano.

Francisco recebeu informações sobre as “difíceis condições” dos cristãos na Faixa de Gaza através do padre Mário Cornioli, pároco de Beit Jala, na Cisjordânia, que transmitiu também ao padre Hernández o “encorajamento” e “oração” do Papa.

"Sim, o Santo Padre recebeu as notícias sobre a situação da nossa comunidade cristã e ontem à noite [quinta-feira, dia 17, ndr] quis manifestar a sua proximidade, escrevendo duas linhas de encorajamento, sobretudo assegurando a sua oração ao padre Jorge, que vive em Gaza e que auxilia mesmo fisicamente a exígua comunidade cristã”, referiu o padre Cornioli em declarações à Rádio Vaticano.

O pároco na Cisjordânia disse que a mensagem do Papa, que o padre Jorge Hernández comunicou “a todos os paroquianos”, deu “coragem e força” não só à comunidade católica latina, constituída por 160 pessoas, mas a todos os cristãos, “também os ortodoxos”.

“O padre Jorge comunicou a todos que o Papa lhes está próximo com a oração e afeto e que não se esqueceu deles”, contou o padre Cornioli, acrescentando que o facto de “saber que o Papa os recorda e reza por eles é uma grande consolação”.

O pároco da comunidade católica descreveu a situação em Gaza como “angustiante” e “verdadeiramente dramática”, com muitos feridos a chegar aos hospitais onde “ninguém sabe como cuidar deles”.

"Falei na manhã desta sexta-feira com o padre Jorge, que estava a tentar conseguir água e alimentação para as famílias deslocadas acolhidas na paróquia e nas escolas do Patriarcado”, declarou o pároco de Beit Jala, na Cisjordânia.

“Pedimos realmente a todos, a quem quer que possa fazer alguma coisa, que acabe com este massacre, porque este derramamento de sangue não servirá a nada: servirá somente para criar mais ódio e raiva. Ao invés, precisamos de paz, de perdão e de reconciliação”, sustentou o padre Mário Cornioli em declarações à Rádio Vaticano.

PR

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