Francisco lamenta a dor que marcou aquele período e abençoa as mães «como sinal de esperança e alento»
Cidade do Vaticano, 18 abr 2013 (Ecclesia) – O Papa enviou hoje uma carta à Associação das Mães da Praça de Maio (MPM), criada por mulheres que perderam filhos durante a ditadura militar argentina entre 1976 e 1983.
Na missiva, publicada pelo serviço de informação do Vaticano, Francisco “associa-se à dor das muitas mães e famílias que sofreram e sofrem com a perda trágica dos seus entes mais queridos, durante aquele período da história argentina”.
O Papa argentino “abençoa” as mães do movimento “como sinal de esperança e alento”, ao mesmo tempo que “pede a oração de todas” no sentido de levar por diante o seu pontificado.
A carta assinada pelo subsecretário da Santa Sé para as Relações com os Estados, D. Antoine Camilleri, surge em resposta a uma mensagem enviada pelas Mães da Praça de Maio a 21 de março, na sequência da eleição papal de Francisco.
No texto, Hebe Bonafini, uma das fundadoras da associação MPM, reconhecia do trabalho pastoral do antigo arcebispo de Buenos Aires e pedia o reconhecimento de todos os membros da Igreja Católica dizimados pela ditadura.
O Papa mostra-se empenhado em, “a partir do ministério que assumiu”, continuar a “lutar contra a pobreza no mundo a fim de impedir o sofrimento de muitas pessoas que passam necessidade”.
Recorda também a necessidade dos “responsáveis pelo bem comum” adotarem medidas “que combatam o flagelo da pobreza de forma eficaz, justa e solidária”.
JCP