Iniciativa antecipou I Jornada Mundial, que vai decorrer a 25 e 26 de maio
Cidade do Vaticano, 12 mai 2024 (Ecclesia) – O Papa participou este sábado, no Vaticano, na mesa de reflexão ‘Crianças: geração futura’, como forma de preparação para a I Jornada Mundial das Crianças, que vai decorrer entre 25 e 26 de maio.
Francisco recordou os menores que são vítimas da guerra e apelou à paz, pedindo que nunca se olhe para o outro como um “inimigo”.
“Essas crianças às vezes não têm comida, têm medo de bombas, de coisas más… Mas se uma criança está deste lado da guerra e outra do outro lado da guerra – ouçam a pergunta – são inimigas?”, perguntou, no diálogo com as crianças presentes, que responderam “não”.
A iniciativa integrou o programa do II Encontro Mundial sobre a fraternidade humana, dedicado ao tema “Ser Humano” (Be Human), que reuniu desde sexta-feira, no Vaticano, vencedores do Nobel, artistas e desportistas.
Francisco falou após a intervenção do cardeal Mauro Gambetti, arcipreste da Basílica Papal de São Pedro no Vaticano e um dos organizadores do encontro; e de Mariella Enoc, ex-presidente do hospital pediátrico ‘Bambino Gesù’, propriedade da Santa Sé.
O evento seguiu num modelo de diálogo informal, de perguntas e respostas, entre o Papa e as crianças presentes.
Francisco falou sobre a felicidade, a guerra, a oração, o diálogo entre gerações e a importância dos “avós”.
“O futuro da humanidade está nas crianças e nos idosos”, apontou.
Temos de cuidar dos idosos, dos avós e das crianças. E esse será o futuro, porque os avós dão-nos sabedoria e as crianças aprendem sabedoria com os avós. Os avós têm um passado que nos dá muito, as crianças têm um futuro que recebe do passado. E é por isso que penso que é muito importante ajudar as crianças a crescer, a desenvolver-se.
Em seguida foi divulgado o curta-metragem ‘A casa de todos”’ de Pier Giorgio Bellocchio, que mostra a visita de uma família coreana a Roma e o seu contacto com pessoas em situação de sem-abrigo, na capital italiana.
A sessão encerrou-se com a leitura da ‘Declaração da Fraternidade das Crianças’, assinada pelo Papa.
“Somos como as raízes de uma árvore centenária: abraçamo-nos no subsolo, sem nos darmos conta disso, numa aliança silenciosa de vida, apoiando-nos mutuamente contra as tempestades do tempo”, refere o texto, divulgado pelo portal de notícias do Vaticano.
OC