Vaticano: Papa elogiou beleza do voluntariado

Francisco recebeu Federação dos Organismos Cristãos de Serviço Internacional e Voluntário, no seu 50.ºaniversário

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 14 nov 2022 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje no Vaticano a Federação dos Organismos Cristãos de Serviço Internacional e Voluntário (FOCSIV), pelos seus 50 anos, e destacou que o voluntariado é uma características que melhor definem a Itália.

“O voluntariado é uma das três coisas que encontrei na Itália como característica, não encontrei em mais nenhum outro lugar. As outras coisas são os oratórios paroquiais, sobretudo no Norte, e depois as associações de ajuda económica, bancária, para que as pessoas peguem a hipoteca e vão em frente”, explicou Francisco, no discurso improvisado que fez durante a audiência desta manhã.

O Papa deixou de parte o texto preparado e optou por falar com palavras “do coração”, começando por salientar que o voluntariado “é uma das coisas mais bonitas” porque cada pessoa, com a sua liberdade, “opta por tomar este caminho de saída para o outro”, uma saída com a mão estendida, um caminho de saída para se preocupar com os outros.

“Eu posso ficar em casa sentado quietinho, vendo TV ou fazendo outras coisas… Não, eu esforço-me para sair. Voluntariado é o esforço de sair para ajudar os outros. Não há voluntariado de mesa e não há voluntariado de televisão, não. O voluntariado é sempre extrovertido, o coração aberto, a mão estendida, as pernas prontas para partir. Sair para conhecer e sair para dar”, desenvolveu, divulgou a Sala de Imprensa da Santa Sé.

Neste contexto, o Papa incentivou os membros da FOCSIV a sair, para conhecer, observando que se vive numa “civilização de confronto”, a III Guerra Mundial.

“Num século, um confronto após o outro, um após o outro… E nunca aprendemos, a nível global, mas também a nível pessoal. Quantas vezes as decisões são tomadas com base no confronto: ‘Quem é você?’ – ‘Não, não sei quem sou, mas sou contra isso e contra isso’, exemplificou, alertando contra a identidade de “ser-contra, colidir”.

“Em vez disso, o caminho que você propõe, que você vive, e que é uma verdadeira proposta cristã, é o encontro para resolver, para sanar o conflito”, acrescentou.

Francisco destacou que este trabalho é feito “sem remuneração”, sem salário, porque não é para ganhar a vida, “mas por vocação”, e incentivou os presentes a continuarem este caminho que “é uma das riquezas da sua cultura italiana”.

A audiência à Federação dos Organismos Cristãos de Serviço Internacional e Voluntário realizou-se no âmbito dos 50 anos da sua fundação, com representantes de 90 organizações que estão em mais de 80 países.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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