Leão XIV evoca Beato Floribert Bwana Chui e pede paz para a República Democrática do Congo

Cidade do Vaticano, 16 jun 2025 (Ecclesia) – O Papa evocou hoje o testemunho do novo beato da Igreja Católica, o congolês Floribert Bwana Chui, morto aos 26 anos por ter resistido a esquemas de corrupção.
“Numa região dilacerada pela violência, ele prosseguiu a sua luta pela paz com mansidão, servindo aos pobres”, referiu Leão XIV, ao receber os peregrinos vindos a Roma para a beatificação deste jovem funcionário da alfândega congolesa, no último domingo, na Basílica de São Paulo Fora dos Muros.
O Beato Floribert pertencia à Comunidade de Santo Egídio e foi morto, em 2007, na localidade de Goma por se recusar a deixar passar cargas de alimentos estragados.
“De onde é que um jovem tirou forças para resistir à corrupção, enraizada na mentalidade vigente e capaz de qualquer violência? A escolha de manter as mãos limpas – ele era funcionário da alfândega – amadureceu numa consciência formada pela oração, pela escuta da Palavra de Deus, pela comunhão com os irmãos”, indicou o Papa.
Na audiência, que decorreu no Palácio Apostólico do Vaticano, Leão XIV cumprimentou a mãe e a família do novo beato, responsáveis da Diocese de Goma e da comunidade católica de Santo Egídio.
A intervenção, divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé, destacou o compromisso do Beato Floribert em favor da paz e dos mais pobres, especialmente dos meninos de rua, que fugiram da guerra e da miséria.
“Ele estava convencido de que nascemos para fazer grandes coisas, para incidir na história, para transformar a realidade”, observou o pontífice, elogiando “um homem de paz”.
Leão XIV deixou votos de que a canonização deste “mártir africano” abra caminhos a mias gestos de uma paz “desarmada e desarmante”, expressão que tem usado desde o início do seu pontificado.
“Este leigo congolês destaca o valor precioso do testemunho dos leigos e dos jovens. Que, pela intercessão da Virgem Maria e do Beato Floribert, a tão esperada paz se realize em breve em Kivu, no Congo e em toda a África”, concluiu.
OC