Francisco enviou mensagem antes da sua primeira visita à ilha
Cidade do Vaticano, 18 set 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco enviou uma videomensagem ao povo cubano, na véspera da sua primeira visita à ilha caribenha, elogiando a capacidade do país para enfrentar as dificuldades.
“Faz-me muito bem e ajuda-me muito pensar na vossa fidelidade ao Senhor, na coragem com que enfrentam as dificuldades de cada dia, no amor com que se ajudam e sustentam no caminho da vida. Obrigado por este testemunho tão valioso”, disse Francisco, numa intervenção transmitida pela televisão local.
O Papa vai partir do Vaticano este sábado, rumo à capital de Cuba, Havana, onde vai ter lugar a cerimónia de boas-vindas pelas 16h00 locais (21h00 em Lisboa); no dia seguinte, vai presidir à Missa na Praça da Revolução, antes de se encontrar de forma privada com Raul Castro, presidente cubano.
Francisco apresentou-se como “missionário da misericórdia”, com a intenção de “partilhar a fé e a esperança”.
O Papa agradeceu orações com que os católicos cubanos se têm preparado para a viagem apostólica, pedindo ainda que todos sejam missionários “do amor infinito de Deus”.
A intervenção conclui-se com uma evocação do Santuário de Nossa Senhora do Cobre, padroeira de Cuba, que Francisco quer visitar “como um filho que deseja chegar à casa da Mãe”.
O porta-voz do Vaticano afirmou esta terça-feira que é “previsível” que o Papa se encontre com Fidel Castro durante a visita a Cuba, de sábado a terça-feira.
“É verosímil, previsível que haja um encontro, durante a jornada em Havana, mas ainda não está inserido num momento específico da agenda”, disse o padre Federico Lombardi, em conferência de imprensa.
As estatísticas divulgadas pelo Vaticano mostram que há mais de 6,7 milhões de católicos em Cuba, correspondendo a 60,5% da população total da ilha.
A agenda de domingo, em Havana, inclui uma oração com membros do clero e religiosos, bem como uma saudação aos jovens no Centro Cultural Padre Félix Varela.
Francisco vai visitar na segunda-feira a localidade de Holguín, para celebrar a Missa na Praça da Revolução local e abençoar a cidade.
Esta é uma novidade face às visitas de São João Paulo II (1998) e Bento XVI (2012), os primeiros Papas a pisar solo cubano.
A agenda papal passa depois pela cidade de Santiago, para encontros com os bispos e uma oração no santuário mariano nacional.
Francisco vai assinalar assim o 100.º aniversário da declaração da Virgem da Caridade do Cobre como padroeira do país.
Neste mesmo santuário vai iniciar-se o programa de dia 22, com uma Missa, antes de um encontro com as famílias na catedral de Santiago e da cerimónia de despedida, nesta cidade.
O Papa segue depois para os Estados Unidos da América, onde permanece até ao dia 27 deste mês: estão previstas 26 intervenções e sete voos, que perfazem um total de 19 mil quilómetros.
De regresso a Roma, o voo papal deve aterrar na capital italiana pelas 10h00 (menos uma em Lisboa) de 28 de setembro.
OC